Thamirys Andrade - 23/12/2020 18h05 | atualizado em 23/12/2020 18h22

Nesta quarta-feira (23), a desembargadora Rosa Helena Macedo determinou a apreensão de todos os equipamentos eletrônicos do prefeito afastado Marcelo Crivella, antes de autorizar sua transferência para prisão domiciliar. Telefones, tablets, computadores e até aparelhos de televisão com acesso à internet devem ser entregues pela família do republicano à Justiça.

– Determino que seja expedido mandado de verificação e busca e apreensão, a ser cumprido na residência do então paciente, de lá retirando os terminais telefônicos fixos, computadores, tablets, laptops, aparelhos de telefone celular e smart tvs […]. Determino ainda que seja oficiado às empresas de telefonia fixa e internet, a fim de interromperem os respectivos sinais. Determino, por fim, seja providenciada a colocação de dispositivo de monitoramento eletrônico no paciente – escreveu a magistrada.

A medida foi expedida em função da alteração do regime de prisão de Crivella para detenção domiciliar. A liminar de soltura do prefeito afastado foi proferida pelo ministro Humberto Martins, presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), na noite de terça-feira (22). Entretanto, o desembargador plantonista Joaquim Domingos de Almeida Neto decidiu não expedir o alvará de soltura, delegando a autorização à juíza responsável pelo caso, Rosa Helena Macedo, que só autorizará após apreensão dos equipamentos.

O prefeito do Rio foi preso na manhã de terça-feira, sob a acusação de chefiar uma organização criminosa que arrecadou mais de R$ 50 milhões em propina.

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