Gabriela Doria - 12/12/2019 19h00

A Justiça de São Paulo determinou que o cantor Marcelo D2 apague três tuítes com críticas ao governador de São Paulo, João Doria. Nas publicações, D2 comenta sobre as mortes ocorridas em Paraisópolis durante um baile funk no início deste mês.

Nos tuítes, o artista chama Doria de “mandante” e “assassino”. Ele também relembrou um entrevista de Doria afirmando que a polícia irá atirar para matar quem a enfrentasse.

– Não façam enfrentamento com a Polícia Militar nem a Civil. Porque, a partir de primeiro de janeiro, ou se rendem ou vão para o chão. Se fizer o enfrentamento com a polícia e atirar, a polícia atira. E atira para matar – disse o então candidato a governador em outubro de 2018.

Incomodado, Doria acionou a Justiça alegando que teve sua honra e imagem feridas. Nos autos, a defesa do tucano diz ainda que D2 tinha “intenção de retaliação e propagação de discurso de ódio” e agia “com abuso do direito de liberdade de expressão”.

O juiz Luiz Antônio de Gody, da 1ª Câmara de Direio Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou que Marcelo D2 pague uma multa diária de R$ 500 para cada dia que mantiver os tuítes no ar. Ele também ordenou que o cantor para relacionar o nome de João Doria ao episódio em Paraisópolis como o “suposto mandante”.

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