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Justiça decide bloquear bens do PCC e de contador ligado a Lula

João Muniz Leite é suspeito de ser operador de um complexo esquema de lavagem de dinheiro por meio de prêmios da Loteria Federal

Pleno.News - 17/06/2022 08h16 | atualizado em 17/06/2022 09h05

Ex-presidente Lula Foto: Bruno Ulivieri/ AgNews

A 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 40 milhões em imóveis e ônibus de integrantes do PCC e do contador João Muniz Leite, que foi responsável pelo Imposto de Renda do ex-presidente Lula (PT) e, até hoje, cuida da contabilidade e divide sala com empresas do filho do petista, Fábio Luís, o Lulinha.

O contador é suspeito de ser o “operador de um complexo esquema de lavagem de dinheiro através de prêmios da Loteria Federal”. Muniz, ao lado da esposa, ganhou em loterias federais 55 vezes somente no ano de 2021. Segundo a contagem final da Polícia Civil, o montante lavado pelo contador em prêmios na loteria chegou aos R$ 40 milhões.

Dessa quantia, R$ 16 milhões ficaram com o contador e o restante teria ficado com o traficante de drogas Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, morto em dezembro de 2021 durante uma emboscada na Zona Leste de São Paulo.

Além de Muniz, a decisão judicial atinge o próprio Santa Fausta, que era considerado um dos principais fornecedores de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC), e o sócio dele, Silvio Luiz Ferreira, o Cebola. O bloqueio determinado pela Justiça atingiu 250 ônibus da UPBus, a empresa de ônibus comprada por Santa Fausta supostamente com o dinheiro lavado nas loterias.

A UPBus mantém contrato de R$ 660 milhões com a Prefeitura de São Paulo e toma conta de 13 linhas de ônibus na zona leste da capital. Além de Santa Fausta, Cebola, que está foragido, faz parte da diretoria da empresa. O sequestro dos ônibus e não das contas da empresa serviu para que ela não paralise seu funcionamento, prejudicando os usuários.

LIGAÇÃO COM LULA
O ex-presidente Lula não é alvo da investigação. Muniz é contador da família do ex-presidente até os dias atuais. Levam o logo da JML Assessoria Contábil e Fiscal os documentos de cadastro, na Junta Comercial de São Paulo, em fevereiro de 2022, da mais recente empresa criada por Lulinha, a LLF Tech Participações LTDA, sediada no apartamento onde o filho do ex-presidente reside.

O imóvel em questão está em nome do empresário Jonas Suassuna, que foi sócio de Lulinha e proprietário formal do sítio Santa Bárbara, em Atibaia, propriedade em razão da qual Lula foi processado na Lava Jato.

Ao jornal O Estado de São Paulo, o advogado de João Muniz, Jorge Delmanto, afirmou que vai “acessar o processo”, para, então se manifestar sobre a investigação, mas defendeu que a empresa de Muniz é “voltada ao profissionalismo, legalidade, [tem conduta] ilibada e com postura ética em todos os casos”, disse.

O veículo procurou ainda a assessoria de Lula e a sua defesa e a de seu filho. O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, disse não saber se Muniz ainda presta serviços para o petista. O criminalista Fábio Tofic, que defende Lulinha, não se manifestou. A defesa da família Santa Fausta e dos demais integrantes do PCC não foi localizada.

*AE

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