Justiça aceita denúncia e torna ré a mãe da menina Alany Floriano
Ruth Floriano vai responder por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver
Paulo Moura - 01/09/2023 16h07 | atualizado em 01/09/2023 18h09
A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público e tornou ré, nesta quinta-feira (31), Ruth Floriano, acusada de ter matado e esquartejado a filha Alany Izilda Floriano Silva, de 9 anos. Ela responderá por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A prisão preventiva dela foi mantida enquanto aguarda o julgamento.
A mãe de Alany foi detida em flagrante no último dia 26 de agosto após a sogra dela ter encontrado partes do corpo da criança e acionado a polícia. Mãe de outros dois filhos, Ruth disse que teria assassinado a filha para se vingar do ex-companheiro, que a criança considerava como pai. No entanto, esse homem não era o pai biológico de Alany. Ela alegou que era agredida por esse homem.
Após matar a filha, Ruth se mudou no dia 16 de agosto da Zona Leste de São Paulo, onde morava, para a Zona Sul da cidade, onde foi morar com o novo namorado, Jonathan Queiroz dos Reis. Informações preliminares apontam, porém, que Alany teria sido morta há cerca de 20 dias, ou seja, dias antes da mudança da mãe.
À polícia, um funcionário que fez a mudança disse ter notado que a geladeira estava enrolada em um lençol e amarrada com fitas. Já um amigo do atual namorado de Ruth notou que o eletrodoméstico estava mais pesado que o normal e disse que foram necessárias quatro pessoas para levá-lo.
A desconfiança aumentou, porém, quando a atual sogra de Ruth estranhou o fato de a geladeira estar ligada na tomada, mas seguir enrolada em um lençol. A mulher desconfiou que houvesse drogas e armas dentro do eletrodoméstico. Após Ruth sair de casa, a sogra dela conseguiu pegar a chave do imóvel e achou os restos mortais de Alany em uma caixa térmica ao lado da geladeira.
De acordo com informações do boletim de ocorrência, a menina estava escovando os dentes quando a mãe a puxou e a esfaqueou. Na sequência, Ruth disse que deixou a filha caída por cerca de três horas e que “se drogou o suficiente para ter coragem de arrancar a cabeça” de Alany.
Depois do esquartejamento, a mãe da criança teria colocado os restos mortais da menina em uma caixa térmica. Dias depois, ela decidiu colocar partes na geladeira e enrolou o eletrodoméstico com lençol e fitas.
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