Henrique Gimenes - 17/02/2019 12h55 | atualizado em 17/02/2019 16h55

Prestes a ser enviado para o Congresso Nacional, o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro, ainda levanta discussões. Na semana passada, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), Caio Augusto Silva dos Santos criticou as medidas e disse que elas poderiam criar um estado policialesco. No entanto, o jurista Modesto Carvalhosa, rebateu a declaração.

Para Modesto, o presidente da OAB-SP “emite opiniões que dizem respeito a ele, e não à imensa maioria de nossa classe”. Ele diz também que “advogados brasileiros somos contra os crimes e a favor das medidas do ministro Moro, que tem e merece nosso aplauso e nossa admiração”.

O jurista complementa lembrando que os advogados defendem “o rigor da justiça, como ficou muito claro na grande manifestação de apoio que, no último dia 7, o Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), prestou ao Ministro, segundo o qual: ‘O Ministério está plenamente à disposição do debate para ouvir críticas e sugestões'”.

Por fim, ele lembra que a “OAB não pode, em absoluto, estar a serviço de uma fração mínima de advogados que enriquecem com o dinheiro que, no final das contas, provém da corrupção, da cleptocracia e do crime organizado”.

As propostas foram divulgadas pelo ministro da Justiça no dia 4 de fevereiro. A intenção é alterar 14 leis e focar no combate à corrupção, nos crimes violentos e no crime organizado. Entre as medidas, está o combate mais incisivo contra organizações criminosas, mudanças no entendimento da legítima defesa, criminalização do caixa 2 e outros.

Leia também1 Bolsonaro: "Pacote anticrime chega ao Congresso na terça"
2 Moro: "Endurecimento contra o crime precisa ser seletivo"