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Jornalista diz que conservadores não sabem o que é comunismo

"Comunismo é ameaça para 44%, mesmo que não saibam o que é isso", disse Sakamoto

Marcos Melo - 19/03/2023 17h00 | atualizado em 20/03/2023 15h47

Leonardo Sakamoto na TV Cultura Foto: Reprodução/YouTube TV Cultura

O jornalista Leonardo Sakamoto, colunista do site UOL, publicou um artigo, neste domingo (19), comentando uma pesquisa do Ipec sobre um percentual de brasileiros que temem a iminência do comunismo no país. No título da publicação, Sakamoto ironiza a ala conservadora: Comunismo é ameaça para 44%, diz Ipec, mesmo que não saibam o que é isso.

No início do texto, o jornalista desqualifica o resultado da amostra.

– O fascinante é que muitas dessas pessoas não fazem ideia do que seja o comunismo, repetindo chavões ensinados por lideranças da extrema-direita, que usam o termo para identificar e controlar seu rebanho – declarou.

Sakamoto segue sua crônica dedicado a provar o quão indouta é essa parcela da pesquisa, supondo que as pessoas desaprovam a ideia comunista por ignorância.

– A esmagadora maioria é formada de pessoas que “aprenderam” que comunismo é algo ruim mesmo sem saber o que ele é – insistiu.

Leonardo Sakamoto no Twitter do UOL Foto: Reprodução/Twitter

No parágrafo seguinte, ele deixa ainda mais evidente o prejulgamento e sugere que conservadores são alienados socialmente.

– Caso as pessoas soubessem História e estivessem atentas ao que se passa à sua volta, buscando saber as manifestações do comunismo no Brasil e ao redor do mundo, poderiam, inclusive, criticá-lo de forma mais embasada – afirmou.

E continua:

– Ouviram de seus “mentores” que comunismo é um tipo de “governo”, formado por “vagabundos que não gostavam de trabalhar”, que ajuda a “perverter sexualmente” as “pessoas de bem” e a “destruir as famílias”, controlado por “bilionários pedófilos” e “atores de Hollywood” que tentam “vacinar os cidadãos com chips 5G” a fim de controlar seus pensamentos. O excesso de aspas não é proposital, apenas triste – disse o jornalista em seu controverso artigo.

Ele também ataca o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que “a gente passou muita vergonha internacional nos últimos quatro anos”.

– Visto como delírio por quem é bem informado, inclusive pelos poucos que defendem um Brasil comunista, a “ameaça fantasma” é uma excelente forma de gerar medo e manter o público engajado – disse.

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