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Jonathan Nemer sobre perdão de dívidas de igrejas: Não ceda

Humorista enviou recado ao presidente Bolsonaro e criticou os reais interesses da Bancada Evangélica

Rafael Ramos - 11/09/2020 13h03 | atualizado em 12/09/2020 12h21

Jonathan Nemer é contra perdoar dívida de igrejas Foto: Reprodução

Cabe ao presidente Jair Bolsonaro decidir sancionar ou não a emenda que perdoa dívidas bilionárias de igrejas e templos. O projeto de lei, que foi aprovado no Congresso, é de autoria do deputado federal David Soares, que vem a ser filho do missionário R.R. Soares, líder da Igreja Internacional da Graça de Deus.

Caso Bolsonaro aprove, as multas impostas pela Receita Federal pelo não pagamento de contribuições poderão ser anuladas. A justificativa é de que os tributos “punem” os templos e “inviabilizam a continuidade dos relevantes serviços prestados pelas entidades”.

Entretanto, a questão não encontrou unanimidade justamente entre o público evangélico. Cristão e apoiador do governo, o humorista e youtuber Jonathan Nemer usou suas redes sociais para criticar Bancada Evangélica e mandar um recado para o chefe do Executivo. Ele disse que é preciso dar a César o que é de César.

– Em primeiro lugar, é o Bolsonaro que vai perder esse dinheiro ou somos nós, povo brasileiro? Em 2º lugar, fazer chantagem com o presidente, dizendo que, se ele vetar a proposta, a Bancada Evangélica deixará de apoiá-lo, mostra que esses caras entendem muito bem de política, pena não entenderem de Jesus.

https://www.instagram.com/p/CE_vmL0la4B/?igshid=yqggxc160qvv

Nemer explicou que os templos religiosos já são isentos de impostos, pois entende-se que “as igrejas, de fato prestam um serviço à comunidade, que ajudam inclusive diretamente o governo”. Ele classificou a decisão dos parlamentares evangélicos como uma “picaretagem em nome do Evangelho”.

– O criador da proposta, o deputado David Soares, é filho do prime time da Band, RR Soares, e um dos maiores devedores do país. Vale lembrar que muitas dessas igrejas, para evitar pagamentos de encargos trabalhistas, contratam funcionários com títulos eclesiásticos. Mais uma bela e exemplar “manobra gospel”.

Formado em direito e favorável ao veto, Nemer fez questão de deixar claro que muitos pastores também possuem a mesma visão que ele sobre essa pauta. Ele ainda pediu que seus seguidores compartilhem seu post até chegar ao presidente.

– Conheço advogado e intérprete de Libras que foram contratados para exercer suas respectivas profissões e quando foram assinar a papelada, no papel, o cargo de ambos era de pastores. Isso não é só jeitinho brasileiro. É jeitinho diabólico. Bolsonaro, não ceda à pressão. A esmagadora maioria das igrejas e dos evangélicos, são a favor do veto. Contamos com sua coragem e retidão. Se a Bancada te abandonar por isso, saiba que você ganhará muitos outros: os cristãos que valorizam a honestidade. Só figurão de mega igrejas que dão um jeitinho pra sair ganhando que quer o perdão dessas dívidas.

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