Henrique Gimenes - 17/10/2019 15h54

Nesta quinta-feira (17), a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) deixou a liderança do governo no Congresso por decisão do presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, a parlamentar disse que ficou feliz com sua “carta de alforria”.

– Eu ganho uma carta de alforria. Graças a Deus. Estou feliz da vida – afimrou.

A medida foi um desdobramento da crise entre os integrantes do PSL. Joice deixou o cargo após o movimento para o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) assumir a liderança do partido na Câmara fracassar. Ele apresentou uma lista com 27 assinaturas para o assumir o cargo, mas o atual líder, Delegado Waldir, apresentou uma outra relação com 32 assinaturas. Um dos nomes era o de Joice Hasselmann .

– Ele [Eduardo Bolsonaro] é desagregador. Mas quando o governo quer dar tiro no pé, fazer o quê? Eu, para proteger o presidente, não entrei nisso. Não poderia colocar a minha assinatura numa loucura dessa. Mas porque eu assinei a lista de apoio ao [Delegado] Waldir, vem essa retaliação – apontou.

À jornalista Mônica Bergamo, a deputada disse que não foi comunicada da decisão do presidente.

– Ninguém teve a dignidade de vir falar comigo e me avisar – ressaltou.

Joice também deixou claro que sempre foi leal, mesmo quando teve que defender coisas com as quais não concordava.

– Passei esse tempo todo servindo ao governo de forma leal. Inclusive, deixando de cuidar do meu mandato para gerir crises e apagar incêndios. Abri mão da minha família. (…) Em alguns momentos, tive que engolir sapo para defender coisas com que eu não concordo – destacou.

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