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Janot sobre Gilmar Mendes: “Ia dar um tiro na cara dele”

Ex-procurador-geral da República revelou plano para matar o ministro do STF

Natalia Lopes - 26/09/2019 22h55 | atualizado em 26/09/2019 22h57

Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República Foto: Lula Marques/Fotos Públicas

Rodrigo Janot, ex-procurador-­geral da República, vai lançar na próxima semana o livro Nada Menos que Tudo. A obra foi escrita pelos jornalistas Jailton de Carvalho e Guilherme Evelin e narra episódios desconhecidos de Janot ao longo dos quatro anos em que esteve à frente da Lava Jato em Brasília.

Ia dar um tiro na cara dele e depois me suicidaria

Em entrevista à revista Veja, o ex-procurador revelou que em maio de 2017 esteve muito próximo de matar o ministro Gilmar Mendes, crítico da Lava Jato. Janot chegou a ir armado a uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele mataria Mendes e depois tiraria a própria vida.

– Tudo na vida tem limite. Naquele dia, cheguei ao meu limite. Fui armado para o Supremo. Ia dar um tiro na cara dele e depois me suicidaria. Estava movido pela ira. Não havia escrito carta de despedida, não conseguia pensar em mais nada. Também não disse a ninguém o que eu pretendia fazer. Esse ministro costuma chegar atrasado às sessões. Quando cheguei à antessala do plenário, para minha surpresa, ele já estava lá. Não pensei duas vezes. Tirei a minha pistola da cintura, engatilhei, mantive-a encostada à perna e fui para cima dele. Mas algo estranho aconteceu. Quando procurei o gatilho, meu dedo indicador ficou paralisado. Eu sou destro. Mudei de mão. Tentei posicionar a pistola na mão esquerda, mas meu dedo paralisou de novo. Nesse momento, eu estava a menos de 2 metros dele. Não erro um tiro nessa distância. Pensei: ‘Isso é um sinal’. Acho que ele nem percebeu que esteve perto da morte – contou.

Ministro Gilmar Mendes Foto: Folhapress/Marcelo Chello

Na sequência, Rodrigo Janot chamou seu secretário executivo, explicou que não estava sentindo-se bem e foi embora. Em declaração ao jornal O Estado de S.Paulo, ele justificou o fato de não ter conseguido finalizar seu plano.

– Foi a mão de Deus. Foi a mão de Deus – afirmou Rodrigo Janot.

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