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Janja cobra criação de cargo para si, mas Lula e equipe resistem

Presidente foi alertado para risco de nepotismo e de que primeira-dama ficasse exposta

Pleno.News - 02/05/2023 17h23 | atualizado em 02/05/2023 19h12

Presidente Lula ao lado da esposa, a socióloga Janja Foto: Bruno Ulivieri/ AgNews

A primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, vem exercendo pressão para que seja criado um cargo político no governo para ela. A esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entretanto, acabou contrariada ao tomar conhecimento de que a estrutura montada para a Presidência da República não prevê um posto para ela.

A ideia, segundo apurou a Folha de S.Paulo, é que fosse criada uma secretaria especial a ser comandada pela primeira-dama, com direito a uma equipe subordinada a ela.

Entretanto, auxiliares do presidente Lula avaliaram que a criação do posto poderia ser encarada como nepotismo e trazer consequências jurídicas.

Mesmo no caso de uma função não remunerada, em que uma equipe do gabinete do presidente fosse remanejada para atender Janja sem a necessidade de novas despesas, ainda assim poderia ser necessária a aprovação de um projeto no Congresso Nacional.

Janja chegou ainda a pressionar o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro da Justiça, Flávio Dino, para que eles contestassem as restrições feitas a ela. Rui Costa se esquivou, afirmando que Dino é quem entende de assuntos jurídicos, enquanto o ministro da Justiça chegou a defender um decreto para que Janja pudesse cumprir um trabalho voluntário no governo.

Contudo, a ideia acabou deixada de lado, após membros da AGU (Advocacia Geral da União) e da Casa Civil argumentarem que Janja seria considerada funcionária pública mesmo sendo voluntária, e ficaria submetida a órgãos de controle, podendo ser investigada sem ter foro privilegiado.

A análise no entorno de Lula é que o cargo deixaria Janja exposta e que ela poderia ser usada para atingi-lo.

Contrariada, a primeira-dama chegou a questionar se seria necessário rasgar a certidão de casamento para que ela possa cumprir alguma atividade política no país.

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