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Jairinho é afastado do Conselho de Ética da Câmara do Rio

O parlamentar poderá ser retirado também da Comissão de Justiça, a mais importante da Casa, presidida por ele

Paulo Moura - 09/04/2021 10h05 | atualizado em 09/04/2021 10h24

Vereador Dr. Jairinho Foto: Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio de Janeiro

O Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro aprovou, na quinta-feira (8), o afastamento do vereador Dr. Jairinho (sem partido) do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa, após o parlamentar ser preso pela morte de seu enteado, o menino Henry Borel, de 4 anos.

Os membros do colegiado decidiram apresentar representação contra o vereador por falta de decoro. O grupo se reuniu na Sala das Comissões para decidir, junto à Procuradoria da casa, o destino do parlamentar que havia sido eleito como membro do conselho, no dia 11 de março.

Segundo o presidente do grupo, o vereador Alexandre Isquierdo (DEM), o grupo vai trabalhar com celeridade no processo de solicitar à Justiça o acesso aos autos da investigação que resultou na prisão temporária. O objetivo é analisar as denúncias que poderão embasar um pedido de cassação do mandato de Jairinho também por quebra de decoro.

Caso a representação contra o vereador seja apresentada pelo Conselho, ou por dois quintos dos vereadores, Jairinho também será automaticamente afastado do cargo de presidente da Comissão de Justiça, órgão responsável por aceitar ou rejeitar denúncias contra os parlamentares.

Durante a reunião, os ânimos chegaram a ficar exaltados. O procurador-geral da Câmara, José Luiz Minc, explicou que não há fundamento jurídico para afastar Dr. Jairinho do mandato imediatamente, o que não convenceu todos os integrantes do conselho.

Entretanto, a vereadora Teresa Bergher (Cidadania), a autora da emenda que criou o conselho de ética, insistiu pela alteração imediata do regimento para que Jairinho fosse afastado de imediato. Assim, seguirá o rito de gabinete do vereador ser dissolvido após 31 dias.

– Fui voto vencido, mas vou continuar batalhando para alterar esta regra absurda que diz que o preso só pode ser afastado depois de um mês. Apresentei projeto de resolução para acabar com essa vergonha e vou insistir, bater pé para que seja alterado. Não foi este o Conselho de Ética que eu apresentei – lamentou Teresa.

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