Jair Bolsonaro relata que não consegue “dormir desarmado”
Ex-presidente fez críticas ao decreto de Lula sobre armas
Thamirys Andrade - 28/07/2023 13h33 | atualizado em 28/07/2023 19h17
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou descontentamento com as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre fechar clubes de tiro. Em entrevista à revista Crusoé nesta quarta-feira (26), o ex-líder do Planalto defendeu o tiro como um esporte e também como uma forma de autodefesa, relatando que ele mesmo nunca dorme desarmado.
– O tiro é um fascínio. Na década de 1920, tivemos nosso primeiro ouro olímpico com o atirador Guilherme Paraense. Não vejo maldade nenhuma em quem quer atirar. Aliás, a esquerdalha nunca abandonou a ideia de, pela luta armada, conseguir alguma coisa. Se bem que agora mudaram bastante e estão mais com mentiras para chegar ao poder. Eu não consigo dormir desarmado. Eu me sinto mais seguro e raramente ando desarmado – declarou.
Na sequência, ele analisou que o novo decreto de Lula restringindo o uso de armas é “rigoroso demais” e que o Partido dos Trabalhadores (PT) “brecou” o referendo de armas ao trazer de novo a exigência de comprovação de “efetiva necessidade”.
Ele comentou ainda o caso de seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), que recentemente teve seu pedido de renovação de porte negado pela Polícia Federal (PF).
– Se a gente tivesse a percepção de que isso aconteceria, teríamos feito o pedido ano passado. Ele não teria dificuldade. Está na cara que a Polícia Federal foi orientada pelo ministro da Justiça, embora eu não possa garantir. Esse que entra em comunidade onde eu não vou nem em carro blindado, mas ele vai. Não sei qual o poder que ele tem de ser imune a possíveis atos de violência. Talvez o Flávio Dino tenha um poder, um “repelente”. Agora é uma perseguição à minha família, sob todos os aspectos – acrescentou.
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