Jair Bolsonaro pretende manter Guedes e os demais ministros
"No que depender de mim, todos ficam", declarou chefe do Executivo
Pleno.News - 09/10/2022 15h28 | atualizado em 10/10/2022 13h23
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), candidato a reeleição, manifestou neste domingo (9), a intenção de manter o ministro da Economia, Paulo Guedes, no cargo, se conseguir a reeleição na corrida ao Palácio do Planalto contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
– No que depender de mim, todos ficam – disse o chefe do Executivo ao responder se Guedes seguirá no cargo em caso de segundo mandato durante podcast do canal Pilhado, no YouTube.
Bolsonaro aproveitou para elogiar também em sua resposta o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, e o ex-secretário da Pesca Jorge Seif (PL), eleito senador por Santa Catarina.
– Os pescadores são apaixonados por ele – disse.
Ao apresentar promessas à população mais pobre em um novo mandato, Bolsonaro afirmou que pode garantir a construção de um milhão de casas populares, além da redução dos preços de alimentos e a manutenção em definitivo dos pagamentos de R$ 600 do Auxílio Brasil.
– Com a economia indo bem, posso garantir um milhão de casas populares a partir do ano que vem, posso garantir produtos mais baratos, como o ovo – assegurou.
O presidente, além de prometer mais investimentos em creches e foco na alfabetização de crianças, declarou que haverá mais recursos para obras de infraestrutura uma vez ajustada a economia. Ele ainda acusou o ex-presidente Lula, seu adversário no segundo turno, de ter a intenção de taxar as transações financeiras instantâneas do Pix.
STF
Bolsonaro também tem certeza de que, após as eleições, conversará melhor com o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, em seu governo não haverá censura para nada.
– Vamos botar um ponto final nessa censura que vem por parte de um ministro apenas. Um ministro apenas é apaixonado por censurar todo mundo por aí – pontuou.
EMENDAS DE RELATOR
O presidente ainda indicou neste domingo que o Congresso não irá querer acabar com as emendas de relator, usadas para direcionar recursos por parlamentares, que não se identificam, para suas bases e estados.
– Tu acha que o parlamento vai acabar com isso? – disse.
Bolsonaro voltou a afirmar que vetou a proposta e tentou se desvencilhar da prática, que surgiu em 2020.
– Eu não tenho nada a ver com isso. Quando o dinheiro sai daqui e entra no estado, quem fiscaliza é o Tribunal de Contas do Estado, não é o Tribunal de Contas da União – informou.
O presidente declarou ainda que falta coragem para a imprensa pedir os nomes dos parlamentares que encaminharam os recursos.
O tema está em análise no STF, que já determinou que seja dada publicidade aos responsáveis pelas emendas.
*AE
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