Pedro Ramos - 06/09/2019 12h25 | atualizado em 06/09/2019 12h30

Na manhã desta sexta-feira (6), o presidente da República, Jair Bolsonaro, explicou porque indicou Augusto Aras para chefiar a Procuradoria-Geral da República. Ele pediu paciência e confiança, além de afirmar que se ele cair, o PT volta ao poder.

– O universo era pequeno e eu tinha que escolher. O pessoal fica radical, né: tem que botar um cara da Lava Jato, tudo bem. Então o cara é radical, quer acabar com a corrupção, mas é um cara que é xiita na questão ambiental. Eu não posso abrir uma estrada que o cara vai ser contra – disse o líder.

O presidente declarou que não pode colocar alguém que é radical no combate a corrupção e também favorável a ideologia de gênero. Ele afirmou que não está na presidência “para se dar bem” e que não mudará nenhum decreto “para ganhar dinheiro”.

Bolsonaro comentou os pedidos que muitos de seus eleitores fizeram pela escolha de Deltan Dallagnol. Para o mandatário, o chefe da Operação da Lava Jato tem um lado ligado à esquerda.

– Alguém sabe da vida do Dallagnol no tocante a ideologia de gênero, família e questão ambiental? E ficam enchendo o meu saco dando palpite – declarou o líder.

O mandatário disse que a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, também poderia ter sido escolhida, mas no dia anterior teve um “problema”. Ele espera que esse “casamento” dê certo e que não chegou ali para ser amigo dos inimigos.

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