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Jair Bolsonaro entra na Justiça contra Ciro Gomes

Militar da reserva acusou pedetista de calúnia e difamação

Gabriela Doria - 02/03/2018 17h57

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) entrou na Justiça contra Ciro Gomes (PDT-CE) por calúnia e difamação. O pré-candidato à presidência prestou uma queixa-crime no Tribunal de Justiça de São Paulo por causa de um comentário feito por Gomes durante uma entrevista na rádio Jovem Pan, em agosto do ano passado.

Jair Bolsonaro está processando Ciro Gomes por calúnia e difamação Foto: Arte Pleno.News

Na época, o também pré-candidato à presidência falou sobre uma doação de R$ 200 mil da JBS ao Partido Progressista, antiga legenda de Jair Bolsonaro.

– A JBS depositou R$ 200 mil na conta dele, Jair Messias Bolsonaro, deputado federal! E mais outro tanto na bolsa do filho dele. Ele, quando viu, resolveu estornar o dinheiro, não pra JBS. Eu, se tô indignado, o cara depositou na minha conta sem a minha autorização, eu devolvo pra ele, e mando ele pastar, pra não dizer aquela outra frase que termina no monossílabo tônico. Não, o que ele faz, ele devolve para o partido, que na mesma data entrega R$ 200 mil pra ele. O nome disso é lavagem de dinheiro. Simples assim – declarou Gomes durante o programa de rádio.

De acordo com os advogados do militar da reserva, Gomes deve responder por calúnia por acusar Bolsonaro de lavagem de dinheiro.

Inicialmente, o processo ficaria sob responsabilidade do juiz Richard Francisco Chequini, da 20ª Vara Criminal de São Paulo, porém o magistrado declinou, alegando que não considerou criminosas as declarações de Ciro Gomes.

– Não há que se falar em delito de calúnia. Isso porque a calúnia consiste em atribuir falsamente a alguém a prática de um fato definido como crime, como se infere da leitura do próprio artigo 138 do Código Penal. Portanto, não é a imputação de qualquer fato que enseja a prática da calúnia, mas apenas daqueles que sejam definidos como crime. A análise mais atenta da narrativa deixa claro que não houve propriamente a imputação de crime de lavagem de dinheiro, em que pese a expressão tenha sido impropriamente utilizada – explicou o magistrado.

Desta maneira, o processo se tornou competência do juiz José Zoéga Coelho, do Juizado Especial Criminal (Jecrim). Coelho também se declarou incompetente para julgar o caso. Agora, o processo será redistribuído para um novo juiz.

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