Jair Bolsonaro diz que prisão de Débora foi usada para “intimidar”
Moraes autorizou a prisão domiciliar da mulher que escreveu "perdeu, mané" em estátua
Pleno.News - 28/03/2025 20h24 | atualizado em 31/03/2025 18h06

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de conceder prisão domiciliar à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos. Em uma declaração publicada nesta sexta-feira (28), Bolsonaro afirmou que a detenção da mulher serviu para “gerar medo, intimidar e enviar recados”.
– Depois de dois anos e dez dias presa por passar batom numa estátua, Débora finalmente poderá voltar pra casa se Moraes não insistir no sadismo com que conduziu este e outros casos – afirmou.
O político conservador destacou que a cabeleireira, mãe de duas crianças, não foi libertada, mas sim submetida a um regime de prisão domiciliar, “como se ainda representasse um risco concreto à ordem pública”.
Bolsonaro também criticou a mudança de posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR), que antes se opunha à soltura e agora defendeu a prisão domiciliar.
– Não houve mudança nos fatos. Nada mudou. Exceto uma coisa: a vergonha ficou grande demais pra sustentar – disse.
O líder da direita classificou a punição de Débora como “justiça de ocasião” e um “Estado de Direito sob medida”. Para ele, a decisão não representa um avanço, mas um “recuo tático” diante da pressão pública.
Por fim, Bolsonaro afirmou que o sofrimento dos filhos da cabeleireira pode diminuir, mas alertou que ela ainda corre o risco de voltar para a prisão. Ele também pediu atenção a outras pessoas que, segundo ele, ainda estão presas injustamente.
– Ainda existe muita gente sofrendo, com penas desproporcionais – concluiu.
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