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Jair Bolsonaro avalia trocar embaixador em Israel

O presidente disse que estuda possibilidade após a desistência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu

Rafael Ramos - 22/10/2019 10h21

Bolsonaro afirma que Israel é importante para o Brasil Foto: Alan Santos/PR

Em meio à desistência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em formar um governo, o presidente Jair Bolsonaro disse, nesta terça-feira (22), que pode trocar o embaixador do Brasil em Israel.

Durante viagem ao Japão, ele disse que a ideia é enviar alguém da carreira diplomática que tenha um perfil que favoreça negociações agrícolas. O atual embaixador é o diplomata Paulo César Meira de Vasconcellos, que assumiu a função em 2017.

– Talvez eu indique, estou conversando com o chanceler Ernesto Araújo porque o embaixador lá tem um tempo bastante longo, um embaixador com um perfil apropriado para o contato com o governo local e, obviamente, conosco – disse.

Após falhar na tentativa de garantir uma coalizão em Israel, Netanyahu abriu caminho, na segunda-feira (21), para que o centrista Benny Gantz substitua o premiê mais longevo da história do país.
Netanyahu, que lidera o partido de direita Likud, comunicou ao presidente de Israel, Reuven Rivlin, que agora pretende atribuir a Gantz a tarefa de montar um governo.

Bolsonaro avaliou que tanto Netanyahu como Gantz têm tido dificuldades em formar uma maioria e ressaltou que, independentemente do resultado, o Brasil está aberto ao diálogo com Israel.

– Eu vejo que dos dois lados estão com dificuldades para formar maioria. Não sei onde vai chegar. Mas Israel é um país extremamente importante para o mundo e para nós. Comigo, há 100% de diálogo – acrescentou.

No início do governo, em um aceno à bancada evangélica, o presidente prometeu que iria transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém. Após uma ameaça de boicote dos países árabes à proteína animal brasileira, Bolsonaro desistiu da proposta.

Netanyahu, que havia exercido a função inicialmente de junho de 1996 a julho de 1999, vem se mantendo no posto desde março de 2009. No período, estabeleceu-se como um importante representante da direita na política mundial.

Ele viu, no entanto, sua força política diminuir ao enfrentar uma série de acusações de corrupções. Ele responde a três investigações criminais, uma das quais envolve o recebimento de US$ 132 mil (R$ 545 mil) em presentes de amigos empresários.

* Folhapress

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