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Campanha do pedetista enfrenta cada vez mais obstáculos

Pleno.News - 14/06/2022 09h59 | atualizado em 14/06/2022 11h08

Ciro Gomes Foto: Agência Brasil/José Cruz

A campanha do ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência, enfrenta cada vez mais obstáculos. Ciro tem dificuldades para fechar alianças, não consegue vestir o figurino da terceira via e também não encontrou um vice para sua chapa. Agora, a cúpula nacional do PSB – partido que apoia a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e tem Geraldo Alckmin como vice – proibiu o diretório no Rio Grande do Sul de dar palanque para Ciro.

A decisão foi tomada porque o ex-deputado Beto Albuquerque, pré-candidato do PSB ao Palácio Piratini, não só está em rota de colisão com o PT como quer se aliar a Ciro, de quem por pouco não foi vice na eleição de 2018.

– O PSB é um partido, não uma coleção de individualidades. Em todo o país, a chapa será Lula e Alckmin. Isso é uma decisão irrevogável do congresso do partido – reagiu o presidente do PSB, Carlos Siqueira.

Albuquerque disse não considerar justa a cobrança de um palanque para Lula no Rio Grande do Sul porque o PT mantém o plano de lançar o deputado Edegar Pretto ao governo do estado. Afirmou, ainda, que Siqueira não pode vetar o apoio a Ciro.

– Quem decide é a direção nacional – resumiu.

REDE
Apesar desse revés, o diretório da Rede no Rio Grande do Sul aderiu à campanha de Ciro. Na semana passada, a ex-senadora Heloísa Helena, uma das principais líderes do partido, disse que estará com o ex-ministro. A Rede compõe a aliança de Lula, mas liberou palanques para Ciro.

Líderes do PDT em Minas, Maranhão, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte já se aproximam de Lula. No Ceará, onde Ciro e seu irmão Cid Gomes já foram governadores, também há problemas. Enquanto o ex-ministro não esconde a preferência pelo ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio para a disputa ao governo cearense, o PT quer que a vice-governadora Izolda Cela seja a candidata. Os dois nomes são do PDT, mas o PT ameaça romper a parceria de 16 anos com o grupo de Ciro caso Izolda não seja a escolhida.

SLOGAN
Ciro lançou nesta segunda (13), um novo slogan, que diz “Vote em um e se livre dos dois”, numa referência a Lula e ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele atribuiu as dificuldades na campanha à “indigência” dos levantamentos de intenção de voto, que, na sua avaliação, provoca uma situação artificial. Dados da FSB Pesquisa divulgados ontem mostraram Ciro com 9% das preferências; Lula, 44% e Bolsonaro, 32%. O ex-ministro disse que busca o apoio dos partidos de centro.

– Não deserdei ainda (…), porque sou brasileiro e não desisto nunca – disse ele, em entrevista ao site G1.

*AE

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