Investigado pela Lava Jato vai junto com Lula à Argentina
Presidência da República desmente e nega informação
Priscilla Brito - 27/01/2023 16h43 | atualizado em 27/01/2023 17h06

Esteve na primeira viagem internacional do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal Marco Maia (PT-RS), ex-presidente da Câmara que foi alvo de investigações na Operação Lava Jato durante o governo de Dilma Rousseff. Maia foi investigado por ser dono de um apartamento luxuoso, em Miami.
No decorrer das investigações o parlamentar negou ser proprietário do imóvel. No entanto, em delação premiada, o lobista Alexandre Romano, popularmente conhecido como Chambinho, afirmou que o apartamento registrado em uma de suas empresas era na verdade de Maia. E disse ainda que a propriedade era uma espécie de “laranja” de luxo do deputado.
Marco afirma, atualmente, que as investigações não se desenvolveram, pois as denúncias eram vagas.
– Era uma denúncia vazia – argumenta.
A VIAGEM
Em entrevista ao Metrópoles, assessores de Marco Maia afirmaram que o deputado participou da viagem como integrante da comitiva presidencial. Maia, no entanto, garantiu que foi convidado pelo próprio presidente.
– Foi uma deferência feita pelo presidente Lula a mim em função de eu ter sido presidente da Câmara dos Deputados e ter reassumido um mandato agora – contou.
Entretanto, a Presidência da República desmentiu as afirmações de Maia e negou que o parlamentar estivesse entre os integrante da comitiva. Ao serem questionados sobre de que forma Maia participou dos eventos na Argentina, assessores do presidente não responderam.
CARLOS BOLSONARO
Nesta sexta-feira (27), diante da situação, o vereador do município do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) se manifestou contrastando a circunstância caso o fato tivesse acontecido com ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
– (…) Mas você estar com seu pai, durante seu recesso no trabalho e cumprindo todas suas obrigações regimentais mesmo estando em viagem, prestando também assessoria em todos os sentidos, algo que sempre foi minha função, a imprensa marrom deita e rola como se fosse algo ilegal, o que não é. Me dirijo a você que talvez nem goste de nós por seus motivos, note o quanto é absurda a diferença de tratamento e como são revelados os fatos diante do que é visto do que chamam de imprensa. Nunca foi pela informação e eles sabem disso! Tudo sempre foi por poder e outras coisas que os senhores certamente compreendem! – afirmou o membro do Poder Legislativo.
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