Invasor apertou mão de fotógrafo após registro de arrombamento da sala de Lula
Repórter da Reuters foi gravado em aparente momento de cooperação com manifestantes
Thamirys Andrade - 25/04/2023 13h25 | atualizado em 25/04/2023 13h43
As câmeras de segurança do Palácio do Planalto registraram, no dia 8 de janeiro, um momento de aparente cooperação entre um manifestante e um repórter fotográfico da Reuters. Na ocasião, o invasor espera o profissional se posicionar antes de arrombar a porta da antessala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na sequência, ele pede para ver a foto e ainda cumprimenta o repórter com um tapinha nas costas pelo registro. Os dois se despedem com um aperto de mão.
A cena controversa foi observada e divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo neste domingo (23). Confira:
Antessala de Lula foi arrombada no 8/1 após vândalo ter certeza de que cena seria registrada. Vídeos do circuito interno da Presidência mostram homem chutando porta; militares do GSI depõem neste domingo. Leia em https://t.co/aImvVECe2L📱Assine a Folha: https://t.co/Xh73BVbCyM pic.twitter.com/qOKDTJ36Lo
— Folha de S.Paulo (@folha) April 23, 2023
Outro fato curioso é que o mesmo repórter já estava a postos diante da porta às 15h45, a espera de um manifestante que a arrombasse. Sem sucesso, o fotógrafo retorna instantes depois com o outro grupo, que consegue efetuar a invasão.
O arrombamento definitivo da antessala ocorreu por volta das 15h56. O espaço, que fica no terceiro andar, já havia sofrido tentativa de violação quatro vezes. Protegida, a porta dá acesso apenas a pessoas com uma credencial específica.
Sobre o fotógrafo da Reuters, ele chegou a ir no mesmo local minutos antes com outro grupo e se preparou para tirar uma foto mas ninguém chutou a porta, isso aconteceu às 15:45.
Às 15:47 aparece um bombeiro uniformizado com logo do planalto e do GSI conversando com invasores e… pic.twitter.com/0fzliGqSdj
— Wenderson – Jornal no Ataque (@JornalNoAtaque) April 24, 2023
Na ocasião dos atos, os manifestantes circularam na antessala entre 15h20 até 16h30, quando foram forçados a deixar o local por membros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e policiais. Antes de saírem do espaço, eles pegaram extintores, utilizaram tomadas para carregar seus celulares, gravaram selfies e vídeos, além de estourarem uma mangueira, molhando o chão.
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