‘Inquérito das fake news limitou muitos delírios’, diz Gilmar
Ministro defendeu a prisão de Daniel da Silveira
Pierre Borges - 14/09/2021 12h27 | atualizado em 14/09/2021 12h37

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu na segunda-feira (13) o inquérito das fake news, conduzido por Alexandre de Moraes, ministro do STF responsável pela prisão do deputado Daniel Silveira e pelo mandato de prisão expedido contra o jornalista Oswaldo Eustáquio.
– Eu tenho a impressão [de] que o Brasil já teria derrapado para algum projeto autoritário, não fora o inquérito das fake news, que colocou de alguma forma limites a muitos desses delírios – opinou Mendes.
– Não fosse o inquérito das fake news, nós, provavelmente, já teríamos derrapado para um modelo de perfil muito autoritário, porque estávamos vivendo um quadro de crescente crise, ameaça de invasão do próprio tribunal a partir de fundamentos falsos – completou Gilmar, em entrevista ao site Opera Mundi.
O ministro disse ainda que “não há de se defender o direito de quem quer eliminar a democracia” e comentou sobre a desconfiança do presidente Jair Bolsonaro quanto às urnas eletrônicas. Para Mendes, o discurso de Bolsonaro tinha como objetivo justificar outras medidas.
– Passei duas vezes pelo TSE [como presidente]. Eu sei da seriedade com que se opera toda a temática de segurança da urna eletrônica. Sei por que nós chegamos à urna eletrônica: porque tínhamos fraude no outro sistema. Passei a desconfiar de que todo esse discurso de dúvida sobre a urna eletrônica era para, no final, gerar uma desconfiança que justificasse medidas outras – apontou.
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