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“Indultos generosos chegam ao fim no próximo governo”

Sergio Moro acredita que "abrir as portas da cadeia deixa a população vulnerável"

Pleno.News - 30/11/2018 16h37 | atualizado em 30/11/2018 17h09

Moro acredita que generosidade excessiva não faz bem à política de prevenção e combate ao crime Foto: Agência Brasil/Valter Campanato

Futuro ministro da Justiça, o ex-juiz Sergio Moro afirmou, nesta sexta-feira (30), que o indulto de Natal oferecido por Michel Temer será “o último com tão ampla generosidade”. A mudança feita em 2017 pelo atual presidente da República beneficiaria condenados por crimes sem grave ameaça à sociedade ou que tenham cumprido 1/5 da pena, em caso de réu primário, até 31 de dezembro do ano passado. Presos por corrupção, lavagem de dinheiro ou desvio de dinheiro público podem ser libertados e ter suas penas e condenações extintas.

– Não acredito que a solução para a superlotação dos presídios seja simplesmente abrir as portas da cadeia, porque isso deixa a população vulnerável. E indultos tão generosos acabam desestimulando o cumprimento da lei – afirmou Moro.

Apesar de respeitar o resultado da votação suspensa pelo STF, que favoreceu os termos do novo indulto por 6 a 2, Sérgio Moro acha que tal medida não condiz com os anseios da população.

– O tempo dos indultos excessivamente generosos chega ao fim com o próximo governo. Espero que o indulto a ser editado neste ano não tenha o mesmo perfil do indulto do ano passado. Acho que essa generosidade excessiva não faz bem como política de prevenção e combate ao crime e também não é consistente com o anseios da população de maior endurecimento nessa área.

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