Gabriela Doria - 13/11/2019 15h11 | atualizado em 13/11/2019 21h57

Deputados e lideranças que permaneceram no PSL após a saída do presidente Jair Bolsonaro e seus aliados prometem não facilitar a criação do novo partido anunciado por Bolsonaro, o Aliança Pelo Brasil.

Até recentemente uma das maiores defensoras do presidente, a deputada federal Joice Hasselmann afirmou que o PSL irá checar as 500 mil assinaturas que devem ser colhidas para que o Aliança Pelo Brasil seja criado.

– Na hipótese de criação de um novo partido, precisa primeiro ter 500 mil assinaturas registradas e conferidas e obviamente que não vamos deixar que nenhum tipo de fraude seja feita para que haja a criação de um partido laranja. Vamos pedir a checagem de cada assinatura – disse Joice.

De acordo com as regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o pedido para a criação de um novo partido deve conter, no mínimo, com 419,9 mil assinaturas provenientes de, pelo menos, nove estados. Para participar do pleito de 2020, a Aliança Pelo Brasil deve reunir todos os requisitos até março do ano que vem, seis meses antes da disputa eleitoral.

Com a saída de Bolsonaro, pelo menos 27 deputados do PSL afirmaram que seguirão o presidente na nova legenda. Ao todo, o PSL conta com 53 deputados na Câmara.

No entanto, abandonar o partido pode ter consequências como a perda do mandato.

– Eles podem ir para o partido que quiserem. Acontece que a lei eleitoral diz que o mandato é do partido. O PSL tem esses mandatos – observou Joice.

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