iFood proíbe venda de “pastéis dos presidenciáveis” no app
De acordo com a proprietária, sabores faziam sucesso até serem vetados
Monique Mello - 31/08/2022 16h37 | atualizado em 31/08/2022 17h57
A plataforma de delivery iFood vetou a venda de pastéis com nomes dos presidenciáveis de uma pastelaria carioca. A Gran Pastel Gourmet, com unidades em Niterói e Botafogo, no Rio de Janeiro, criou quatro sabores em alusão aos principais candidatos ao Planalto.
O pastel de Luíz Inácio Lula da Silva (PT) tem recheio de creme de Lula, com toque de chuchu em referência ao apelido de Geraldo Alckmin, seu vice na chapa. O de Simone Tebet (MDB) leva costela com barbecue e queijo provolone. O pastel de Ciro Gomes (PDT) é recheado com carne seca, bacon e queijo muçarela. Já o do presidente Jair Bolsonaro (PL) é o único na versão doce, com leite condensado, chocolate branco e morango.
A suspensão das vendas começou a ocorrer na última sexta-feira (26), mas apenas dos pastéis de Lula, Tebet e Ciro. Alexandra Vieira, dona do estabelecimento e criadora dos sabores, disse que soube por meio dos clientes, haja vista que as iguarias estavam fazendo sucesso.
– As vendas estavam indo muito bem, quando na noite de sexta clientes ligaram para a loja dizendo que não conseguiam mais comprar os pastéis. Foi quando percebi a suspensão das vendas dos sabores do Ciro, Lula e Tebet. O do Bolsonaro ficou aberto. A mensagem dizia que eu estava indo contra as políticas do iFood, então mandei um email para a plataforma perguntando o porquê de eu estar indo contra a política e por que o do Bolsonaro não foi suspenso como os outros – disse Alexandra ao jornal Extra.
O pastel de Jair Bolsonaro continuou disponível na plataforma durante todo o fim de semana, no entanto, o iFood confirmou que o referido sabor também seria bloqueado, nesta segunda (29). Em nota, a empresa explicou que, por ser uma plataforma transacional, as funções que desenvolve não foram previstas para este fim e por isso o conteúdo não é permitido.
– É lamentável uma atitude dessa. Não fui avisada, ninguém entrou em contato comigo, nem nada. Foi veto e só. Se disseram a favor da democracia, mas como se nem entram em contato com a gente? – lamentou a dona da loja.
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