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Ibaneis diz que o 8 de janeiro não foi “só culpa do Anderson”

Governador passou 64 dias afastado do comando do Distrito Federal

Pleno.News - 16/03/2023 17h35 | atualizado em 16/03/2023 18h49

Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, durante entrevista coletiva Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), retornou ao cargo nesta quinta-feira (16), após 65 dias. Ele procurou minimizar a responsabilidade de seu ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres nos atos do dia 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes, dizendo que não acredita que ele tenha culpa pelas falhas na segurança.

– O que aconteceu no dia 8 de janeiro foi imprevisível. Na minha visão, não foi culpa do Anderson. Talvez, se ele tivesse sido alertado antes… Não foi culpa só do Anderson, foi um conjunto. Tivemos falha da Polícia Militar do Distrito Federal, do batalhão do Exército que defendia o Palácio do Planalto. Tivemos diversas falhas em conjunto e tenho certeza que a investigação vai apurar isso – disse.

E completou:

– Eu acredito que o 8 de janeiro tem que ser lembrado, sim, mas não só por culpa do Anderson e sim por um conjunto do que aconteceu.

Torres está preso e prestou depoimento, nesta quinta, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

– O que aconteceu no 8 de janeiro foi um apagão geral. No STF talvez não, porque lá eles tinham poucos seguranças. Mas, o Palácio do Planalto não. Lá, eles têm um batalhão à sua disposição, houve um relaxamento geral. A Força Nacional também não atuou – declarou.

A decisão de Moraes que resultou no afastamento de Ibaneis declarava que “diversos e fortíssimos indícios apontam graves falhas na atuação dos órgãos de segurança pública do Distrito Federal, pelos quais é o responsável direto o governador”.

Segundo o ministro, o governo do DF foi omisso para combater e retirar os manifestantes que estavam vandalizando os prédios públicos dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023.

Nesta quarta (15), Moraes autorizou o retorno imediato de Ibaneis Rocha ao cargo. Segundo o ministro, no momento atual da investigação, o afastamento do governador não é mais necessário A Procuradoria-Geral da República (PGR) também foi a favor da recondução. Na ausência do emedebista, a vice-governadora Celina Leão (PP) assumiu o cargo.

Durante coletiva de imprensa nesta quinta, Ibaneis afirmou que não manteve contato com membros do governo enquanto esteve afastado.

– Foram dias muito difíceis, mas esse afastamento que tivemos ao longo desse período foi necessário. A invasão dos prédios do Congresso, do STF e do Palácio do Planalto foram significativos para a história deste país – afirmou.

*AE

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