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Huck volta a falar de jatinho e defende debate político

Apresentador participou de evento em São Paulo

Ana Luiza Menezes - 30/10/2019 16h01 | atualizado em 30/10/2019 16h04

Luciano Huck Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira (30), o apresentador da Rede Globo, Luciano Huck, participou do Estadão Summit Brasil, em São Paulo. No evento, ele defendeu a relevância de grupos cívicos e de renovação da política nacional, como o RenovaBR, do qual faz parte.

Huck falou sobre a importância de debates e disse ainda que o “establishment” tem procurado resistir às mudanças que os movimentos podem trazer.

– Acho que o establishment quer se proteger das mudanças. O fortalecimento dos movimentos cívicos é necessário. reforma política tem que voltar ao debate, ser discutida, sem preconceito. Avançamos em várias frentes, mas eu traria a reforma política para debater. Não sei qual o modelo ideal, mas quero debater – declarou.

DEBATE POLÍTICO E JATINHO DO BNDES
O apresentador manifestou o desejo de querer colaborar para qualificar o debate político no Brasil. Ele negou que acusações sobre sua vida particular o incomodem e, questionado novamente sobre o uso de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para compra de um jatinho, afirmou que não agiu com irregularidade.

– Se pensar assim (em críticas e acusações), melhor ficar em casa. Domino meu espaço, sou bem remunerado. Eu não pedi para estar aqui hoje. Não imaginava estar aqui debatendo isso. Só que a conjuntura geopolítica do mundo me colocou nessa situação. Ou eu fingia que não era comigo, ou tentava de alguma forma contribuir. Não tenho nada a esconder. O avião não tem nada de errado, está pago. Faz parte da questão de sair da zona de conforto. Se a gente não iluminar a parte boa da sociedade, estaremos na pobreza para sempre. Estou aqui tentando contribuir para o debate.

PROJETO DE PODER?
Luciano afirmou que não está a serviço de um “projeto de poder” e que com suas ações, por meio do programa Caldeirão do Huck, foi impactado pelas histórias de pessoas humildes.

– Não estou aqui num projeto de poder. Estou há 20 anos rodando o País sem intenção a não ser produzir conteúdo. Dizem que eu impactei pessoas, mas eu fui a pessoa mais impactada pelo conteúdo que produzi. Eu não consigo passar por um problema e não me sentir abatido. Vivemos num País desigual. Se não fizermos nada, vamos envelhecer e as desigualdades continuarão enormes – argumentou.

O global, que é cotado como candidato à presidência em 2022, criticou a polarização no país e defendeu o diálogo.

– A sociedade está viciada em rotular as pessoas e colocar nos grupinhos. Se você não tiver contas organizadas, você não consegue fazer as coisas. Temos que ganhar eficiência na gestão. A sociedade civil já gastou tanto dinheiro, tem tanta coisa organizada, é só colocar em prática. Independente de ser de esquerda, direita. Consigo ver muita coisa à esquerda como necessária. Mas só consegue cuidar das pessoas quem cuida das contas.

Huck defendeu o uso da tecnologia e criticou movimentos como o marxismo e o liberalismo.

– A gente tem que ganhar eficiência na gestão, e a tecnologia vem para ajudar muito. O Estado tem um papel importante, mas não acho que tem que ser Estado empresário. O marxismo não deu certo e liberalismo puro, também não – avaliou.

Huck e o governador de São Paulo, João Doria Foto: Reprodução/Governo do Estado de São Paulo

Além do apresentador, o summit contou com a participação do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que defendeu “mais equilíbrio” no país. A programação foi inspirada na série de debates The Big Ideas, do jornal The New York Times.

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