Hospitalizado, Jefferson pede licença da presidência do PTB
Ex-parlamentar solicita afastamento enquanto durar sua prisão preventiva
Thamirys Andrade - 24/10/2021 18h21 | atualizado em 25/10/2021 10h51

Em carta de 10 páginas, o ex-deputado Roberto Jefferson pediu licença da presidência do PTB Nacional, enquanto durar sua prisão preventiva. O parlamentar está internado na UPA do Complexo Penitenciário de Gericinó, com febre alta, dor no fígado, acumulo de líquido nas pernas e pressão baixa.
Na carta, divulgada por aliados neste domingo (24), Jefferson afirma estar impossibilitado de cumprir adequadamente suas funções devido à sua detenção.
– Percebo a necessidade de uma presença mais próxima da gestão partidária, que, por razões óbvias, eu não tenho podido assumir – escreveu de próprio punho.
Jefferson expressa apoio no sentido de que sua vice, Graciela Nienov, assuma o cargo durante seu afastamento.
– Tenho certa [de] que Graziela Nienov está pronta para o pleno exercício da função, além de contar com o apoio de quase totalidade do diretório e maioria quase absoluta dos presidentes regionais, à exceção de Alagoas e Mato Grosso.
Jefferson afirma que, nos dois estados citados, há “grupos conspiratórios” de “minorias sem peso”, formadas após sua prisão. Segundo ele, “tentam levar para o judiciário pretensões que não resistem ao mínimo enfrentamento no Partido”. A carta completa pode ser conferida abaixo:
Pedido de licença de Robert… by Grasielle Castro
Roberto Jefferson realizará um exame de ultrassonografia terça-feira (26/10). A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) classificou o estado de saúde dele como “estável”.
A defesa de Jefferson pede ao Supremo Tribunal Federal (STF) a transferência imediata dele para um hospital particular na Barra da Tijuca (RJ). Em setembro, Jefferson foi internado no Hospital Samaritano Barra, com quadro de infecção urinária e dores na lombar, e precisou de um cateterismo para desobstruir uma artéria, só retornando ao presídio após alta médica no dia 14 de outubro.
Jefferson está preso desde o dia 13 de agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito sobre suposta milícia digital que atentaria contra a democracia.
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