Homem perde emprego após participar de protesto violento
Emerson Osasco alega ter sido vítima de perseguição política
Rafael Ramos - 07/06/2020 13h19 | atualizado em 07/06/2020 13h24

Diretor e conselheiro da torcida Gaviões da Fiel, Emerson Osasco perdeu seu emprego como desenvolvedor de software um dia depois de participar de um protesto contra o presidente Jair Bolsonaro, em São Paulo, no dia 31 de maio. Imagens de Emerson no meio de uma passeata na Avenida Paulista com o punho cerrado como os membros dos Panteras Negras circularam nas redes sociais.
– Após toda a repercussão, as imagens chegaram no meu serviço. Há um tempo atrás eu trabalha como quarteirizado para a empresa. No mês passado, fui absorvido para ser terceiro direto. Meu contrato era de seis meses e eu só recebia elogios pelo meu trabalho.
O torcedor trabalhava para uma filial da multinacional mexicana Softtek. Durante a passeata, ele aparece sendo xingado por alguns apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Emerson, que também é lutador de muay thai, foi informado por telefone que estava dispensado da empresa de tecnologia.
– O gerente acabou falando que foi porque eu estava na Paulista e mencionou um vídeo que eu tenho com o Lula. Vou entrar com uma ação na Justiça porque foi uma perseguição política. Ficou evidente para mim que foi por causa disso.
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