Helio Lopes sobre Bolsonaro: ‘O sucesso não subiu à cabeça do meu irmão’
Os dois são amigos há mais de 20 anos
Gabriela Doria - 29/10/2020 22h17 | atualizado em 30/10/2020 11h00
Um dos aliados mais antigos e próximos do presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Helio Lopes, também conhecido como Helio Negão, encara seu primeiro mandato político já com a responsabilidade de honrar o título de deputado federal mais votado do estado do Rio de Janeiro em 2018.
Negro, evangélico e conservador, Lopes tem feito contraponto ao movimento negro com opiniões geralmente contrárias às tradicionalmente reivindicadas pelos militantes, como cotas raciais em universidades e concursos públicos. Também tem sido alvo de críticas e acusado de ser “subalterno” a Bolsonaro, tido por muitos como racista.
Em entrevista ao Pleno.News, o deputado abriu o jogo sobre sua longa amizade com o presidente, sua promissora trajetória política e os planos para o futuro. Confira!
O senhor foi o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro, em 2018, eleições que foram marcadas por uma grande ascensão de candidatos de direita e conservadores. Como o senhor avalia seu primeiro mandato político até o momento?
A verdade é que o povo brasileiro é majoritariamente conservador. Quando surgem representantes que atendam as demandas dessa parcela da população, os votos deixam de ser por exclusão e passam a ser por representação efetiva, como espera-se de um processo eleitoral dentro de uma democracia representativa. Esse processo lógico e natural foi chamado pela mídia de “onda conservadora”, não vejo assim. Vejo um oceano inteiro de conservadores que eram calados e hoje tem voz na figura do presidente Bolsonaro.
De todo modo, ser o Deputado Federal mais bem votado do Rio de Janeiro em 2018 foi uma grata surpresa. Durante o meu primeiro ano de mandato (2019), tive a oportunidade de ser o parlamentar do PSL com mais propostas legislativas apresentadas, também enviei emendas que superam os R$ 29 milhões para instituições de saúde do meu estado, mais de R$ 12 milhões para educação e R$ 2,75 milhões para segurança pública. Estamos conseguindo levar água encanada para os moradores de Queimados/Austin e região, além de poder trabalhar pelas pautas e sempre votar junto com o governo Bolsonaro em todas as demandas apresentadas na Câmara, sendo essa última minha principal missão em Brasília. O povo me elegeu para continuar dando suporte ao presidente Bolsonaro e seu projeto de governo.
Quais têm sido os desafios?
Já perdi as contas do número de pessoas que me param na rua para agradecer por estar sempre ao lado do nosso presidente, seja fisicamente, seja moralmente. E elas exigem que eu sempre esteja por perto, chego a receber “puxões de orelha” das “tias do zap” quando não me veem junto do meu irmão (risos).
Essa é a minha missão. Sou soldado do Brasil e meu comandante é o capitão Bolsonaro. Não posso dizer que temos uma missão fácil nas mãos, mas a recompensa está no olhar de cada brasileiro que nos procura dizendo acreditar que o Brasil tem jeito, mesmo depois de anos de desgoverno. Acreditamos nisso e é por isso que lutamos aqui. Nesse sentido, o presidente Bolsonaro tem feito um brilhante trabalho. Qual foi o último presidente que governou sem fatiar ministérios? Diziam que ele não se elegeria, depois que não completaria um ano de governo. Pois bem, estamos seguindo trabalhando pelo Brasil muito bem e obrigado.
Durante algum tempo houve uma especulação de que o senhor seria o candidato de Bolsonaro para concorrer à Prefeitura do RJ, o que acabou não acontecendo. O senhor pensa em aceitar a ‘missão’ se Bolsonaro assim pedisse? Sua candidatura a prefeito estaria condicionada à criação do Aliança pelo Brasil?
Na linha de aumento da representatividade da maioria da população brasileiro que é conservadora, temos a criação do Aliança, conforme trazido no Artigo 2o do seu estatuto: “a fim de formar cidadãos livres e conscientes e garantir-lhes voz, unindo todos aqueles que estejam sob a bandeira do amor à pátria e contrários a tentativas ideológicas tendentes desvirtuar os valores mais caros aos brasileiros, desestabilizar a sociedade e confrontar a soberania nacional.” Ter um partido com essas características é um sonho para todos nós.
Quanto a uma candidatura minha à prefeitura do Rio de Janeiro, posso dizer que nos 27 anos que servi ao Brasil como militar do Exército Brasileiro aprendi a cumprir as missões que me são confiadas, e é isso que tenho feito. O povo do Rio de Janeiro me confiou uma missão de quatro anos na Câmara dos Deputados. Somente após concluir essa missão posso iniciar outra. E quando chegar esse momento, toda e qualquer missão que eu assumir será dada em comum acordo com meu irmão Bolsonaro.
O senhor acredita que nas eleições deste ano ainda iremos ver essa ‘onda conservadora’ se repetir na esfera municipal?
Como disse anteriormente, o Brasil é um oceano de conservadores. E agora que o povo se sente representado por políticos que defendem: a importância da família, nossas crianças da sexualização nas escolas, a liberdade de comércio, o direito à legitima defesa, o direito à propriedade privada, a valorização da cultura judaico-cristã – que foi responsável pela consolidação de toda a sociedade ocidental – é natural que mais políticos sejam eleitos para atender as demandas representativas desse povo.
O que o eleitor conservador precisa observar neste pleito?
Nesse processo, o fundamental é que o eleitor esteja atento se aqueles candidatos que se rotulam como conservadores realmente possuem uma postura conservadora. O apostolo Tiago nos ensinou em carta com seu nome, no capítulo 3, verso 12: “Da mesma forma, uma fonte de água salgada não pode produzir água doce”.
De todo modo, eu acredito que a mudança política iniciada em 2018 continuará agora em 2020, conservadores serão cada vez mais ouvidos, até que tenhamos os cargos eletivos preenchidos pelo mesmo percentual da população que se julga representada por essa visão de mundo.
O filósofo inglês Roger Scruton definia o conservadorismo como: “advém de um sentimento que toda pessoa madura compartilha com facilidade: a consciência de que as coisas admiráveis são facilmente destruídas, mas não são facilmente criadas.” Isso é verdade, sobretudo, em relação às boas coisas que nos chegam como bens coletivos: paz, liberdade, lei, civilidade, espírito público, a segurança da propriedade e da vida familiar, tudo o que depende da cooperação com os demais, visto não termos meios de obtê-las isoladamente.
Como o senhor avalia o governo Bolsonaro até o momento?
Só em não termos até agora nenhum escândalo de corrupção no governo isso já o credenciaria para tal, visto as décadas que esse “câncer” consumiu o nosso pais. Meu irmão já era o melhor presidente da história da República Federativa do Brasil em 2019, por ações como:
1) Levar internet para 1 milhão de alunos no Nordeste;
2) Lançar o projeto “conta para mim”, que faz parte da Política Nacional de Alfabetização, a fim de estimular a leitura diária. E visa combater o baixo desempenho de alunos brasileiros no PISA – herança dos governos petistas;
3) Reforçar alinhamento com as maiores potências do mundo, como EUA e Israel, além de ganhar apoio destes para entrada do Brasil na OCDE. Ampliação do leque de opções gerando concorrência e barateamento de produtos, empregabilidade e desenvolvimento;
4) Iniciar a construção de colégios militares, tendo como objetivo, um por cada estado até o fim de seu mandato. Ensino de reconhecida excelência diante dos resultados nacionais e internacionais;
5) Enxugar milhões de reais com gastos desnecessários, impedindo contrato de dezenas de milhões de reais criptomoedas para índios;
6) Extinguir centenas de conselhos de administração pública, que no fundo são cabides de emprego, geram travamento proposital da máquina pública, economizando bilhões em gastos desnecessários;
7) Extinguir 21 mil cargos e comissões, gerando redução de R$195 milhões em gastos anuais com o dinheiro público;
8) Além de outras ações que resultaram na queda recorde de homicídios e de estupros. Bem como no recorde de apreensão de drogas;
9) Aprovar a Nova Previdência; e
10) Implementar o 13o do Bolsa Família.
Mas dizem que mar calmo nunca fez bom marinheiro. Pois bem, em 2020 o Brasil está passando pela questão do coronavírus de maneira madura e exemplar. O presidente Bolsonaro, junto a seus ministros – tecnicamente escolhidos – implementou:
11) Auxílio emergencial as camadas mais vulneráveis, o que possibilitou uma estabilidade mesmo diante desse delicado momento;
12) Diferimento, por parte da União, do Simples Nacional por três meses;
13) Liberação do Banco do Brasil de R$ 24 bilhões de linha de crédito para pessoa física e R$ 48 bilhões para linha de crédito para empresas;
14) Auxílio de R$ 4,7 bilhões para o atendimento de povos e comunidades tradicionais (indígenas, ribeirinhos, quilombolas e ciganos), idosos, pessoas em situação de rua ou em áreas urbanas vulneráveis (Operação Acolhida em Roraima) e pessoas com deficiência.
15) Investimentos para preservação desses empregos somam R$ 24, 4 bilhões;
16) O plano Pró-Brasil vai acelerar a retomada da economia brasileira no período pós-pandemia, por meio da execução de projetos e ações de grande impacto na geração de empregos e renda.
17) O Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda já preservou mais de 18,6 milhões de contratos de empregos, beneficiando 1,45 milhão de empregadores e mais de 9,7 milhões de trabalhadores.
Diante do exposto, fica evidente que as ações do governo federal sempre foram pensando no crescimento do Brasil e bem estar dos brasileiros, por isso, tenho a convicção de que o presidente Bolsonaro será reconhecido como melhor presidente da história do Brasil.
Acredita que o presidente seguirá forte para uma possível reeleição em 2022?
A receptividade do povo ao presidente nos quatro cantos do país fala por si só. Infelizmente, parte da mídia e dos ditos “intelectuais” prendeu- se em seu universo de militância e afastou-se da realidade do dia a dia, que é o que realmente importa para o povo. O presidente entende isso, trabalha por isso e o povo brasileiro aprendeu a reconhecer um patriota quando o vê.
Uma coisa eu posso afirmar, o poder não subiu a cabeça do meu irmão, continua sendo o mesmo Jair que eu conheci há mais de vinte anos, hábitos simples, humilde, bem humorado, patriota, defensor da família, religioso e que pensa em todos. Ele sempre foi do povo e hoje é o presidente do povo, posso assegurar que, com ele como nosso comandante, ninguém ficará para trás.
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