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Tudo começou por causa das declarações de Eduardo Bolsonaro sobre o AI-5

Pedro Ramos - 06/11/2019 21h47 | atualizado em 07/11/2019 07h35

General Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional Foto: PR/Marcos Corrêa

Nesta quarta-feira (6), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) discutiram em uma audiência pública na Câmara dos Deputados sobre o monitoramento dos movimentos sociais, de povos indígenas e do Sínodo da Amazônia.

A parlamentar perguntou ao ministro se ele repudiava a declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre o AI-5. Heleno afirmou que a fala do filho do presidente foi tirada de contexto.

– Eu não vou repudiar, porque ele repudiou (…) A senhora vai me torturar para eu falar? – disse o general que foi aplaudido pelos presentes.

O debate entre os dois também ocorreu por causa de opiniões sobre o regime militar. Heleno afirmou que os dois possuem visões distintas sobre o fato.

– Para a senhora, foi um golpe. Na minha opinião, não foi golpe, foi uma contrarrevolução (…) O Brasil seria uma grande Cuba. Essa radicalização não interessa ninguém, só interessa à esquerda – declarou o ministro.

Heleno também afirmou que os militares deram anistia a pessoas que eram “terroristas” e que chegaram à presidência, como Dilma Rousseff.

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