Hang desistiu de ação no TSE para evitar viagem a Brasília
'Por economia processual, desistimos do recurso em plenário', informou a assessoria do empresário
Ana Luiza Menezes - 19/09/2019 17h54 | atualizado em 19/09/2019 17h55

O empresário Luciano Hang, dono da rede varejista Havan, desistiu da recorrer da condenação de R$ 2.000 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por propaganda eleitoral irregular em favor de Jair Bolsonaro para evitar gastos.
– Por economia processual, porque sairia mais caro ir a Brasília, desistimos do recurso em plenário e resolvemos pagar os 2 mil – afirmou a assessoria de imprensa do empresário, em nota nesta quinta-feira (19).
A fortuna de Hang, segundo ranking da revista Forbes deste ano, é de US$ 2,2 bilhões. A sede da Havan é em Santa Catarina.
Na quarta-feira, o ministro Sérgio Banhos determinou o cumprimento de uma condenação de julho, após a desistência de recurso da defesa de Hang. O empresário gravou um vídeo durante o processo eleitoral de 2018 em apoio ao então candidato e hoje presidente dentro de uma loja da Havan e divulgou no Facebook.
O local é considerado “bem de uso comum”, onde, segundo a decisão, é proibida a realização de propaganda eleitoral. A ação foi proposta pela coligação Para Unir o Brasil, do então candidato Geraldo Alckmin (PSDB).
Na nota, a assessoria afirmou ainda que Hang “jamais fez propaganda irregular para o presidente Jair Bolsonaro” e “apenas manifestou a sua opinião legítima de apoio ao presidente, o que é assegurado constitucionalmente”.
A empresa diz ainda que “o próprio TSE entendeu pela inexistência de irregularidade e potencial lesivo para as eleições. Tanto é assim que não aplicou qualquer sanção ao presidente e fixou multa em patamar mínimo”.
A coligação de Alckmin pediu a condenação de Bolsonaro, mas o TSE negou.
*Folhapress/ William Castanho
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