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Petista comentou o episódio envolvendo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno

Henrique Gimenes - 16/02/2019 15h55 | atualizado em 16/02/2019 18h26

Candidato derrotado Fernando Haddad Foto: EFE/Hedeson Alves

O candidato derrotado do PT nas eleições do ano passado, Fernando Haddad, criticou, nesta sexta-feira (15), o governo do presidente Jair Bolsonaro após o episódio envolvendo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. A declaração foi dada ao jornal Folha de S.Paulo.

O ministro virou o centro de uma crise no governo após matéria do jornal Folha de S.Paulo. A reportagem aponta que Gustavo Bebianno estava envolvido no uso de candidatos “laranjas” pelo PSL nas eleições do ano passado. Após a publicação, o ministro disse que chegou a conversar com Jair Bolsonaro sobre a denúncia, mas foi desmentido pelo filho do presidente, Carlos Bolsonaro. Ao comentar o episódio, o petista afirmou que o governo tem uma crise toda semana.

– A crise da semana, porque toda semana tem uma crise, envolvendo o ministro da Secretaria-Geral também preocupou a todos, a imprensa, os meios militares, um governo que está sendo tutelado de certa maneira, dada a incapacidade de articulação, a tutela tem sido a marca dos 45 dias. É sempre uma tutela, porque se deixar (…) A pergunta é qual é o adulto na sala, quando tem uma reunião do governo a pergunta é quem é o adulto na sala – questionou.

O presidente Jair Bolsonaro acabou decidindo demitir o ministro. A exoneração deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (18). Aliados do governo, no entanto, temem que o episódio possa prejudicar o andamento da reforma da Previdência. Para Haddad, o que se sabe da proposta até o momento aparenta ser uma versão piorada do que foi proposto pelo governo do ex-presidente Michel Temer.

– Acho que ninguém conhece a proposta, tem mais perguntas sem respostas do que respostas para as perguntas. Mas pelo que se disse até agora é um Temer piorado, aliás o governo tem se apresentado em todas as áreas como um Temer piorado – apontou.

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