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GSI com Lula deve ter general na chefia e manter controle da Abin

Petista pretende indicar o general de divisão da reserva Marco Edson Gonçalves Dias para o GSI

Pleno.News - 03/12/2022 11h26 | atualizado em 05/12/2022 18h43

Lula Foto: Ricardo Stuckert/PT

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve manter a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sob o controle do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), para o qual pretende indicar o general de divisão da reserva Marco Edson Gonçalves Dias, que coordenou a segurança de Lula na campanha.

Nesta sexta-feira (2), cinco policiais federais e servidores da Abin foram nomeados pela equipe de transição para o grupo de trabalho de inteligência, último a ser formado. Entre eles estão dois nomes ostensivos – o delegado da Polícia Federal Andrei Rodrigues e o agente da mesma corporação e pesquisador Vladimir de Paula Brito.

Rodrigues é o mais cotado para assumir a Abin. Ele cuidou da equipe de agentes federais que fez a segurança do petista na eleição depois de ter desempenhado a mesma função na campanha de Dilma Rousseff (PT), em 2010.

As nomeações e estrutura discutidas, no entanto, desagradam aos funcionários da Abin, que desejavam que o órgão fosse dirigido por um agente de carreira. Também queriam a volta da agência para a Secretaria de Governo, onde esteve durante o governo Dilma.

Agentes da Abin relataram ao jornal O Estado de São Paulo que antes da formação do grupo de trabalho, a Intelis (associação de servidores da Abin) procurou integrantes do grupo de Justiça para conversar, mas nenhum quis se pronunciar por não ter uma comissão formada sobre o tema. Conseguiram então uma conversa informal em Brasília.

Na ocasião, pediram ao delegado Andrei Rodrigues que levasse ao gabinete da transição questões tidas por eles como essenciais, como a separação da Abin do GSI. Na opinião dos agentes, a inteligência brasileira não podia servir a interesses de militares e devia ser uma “inteligência civil”.

Em resposta às demandas, Rodrigues, segundo os agentes, disse que a Abin continuaria no GSI e que não havia motivo para criar indisposição com militares neste momento. Os agentes deixaram a reunião em “clima de velório”.

Procurado pelo Estadão, Aloizio Mercadante, um dos coordenadores da transição, disse que não se manifestaria sobre o grupo de inteligência.

– Não tivemos nenhuma reunião formal da coordenação do grupo de transição com os profissionais da Abin, o que será feito mais adiante. Não há nenhuma definição, estamos iniciando um processo de diagnóstico dos ministérios, órgãos e autarquias – completou.

*AE

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