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Grupo ligado ao agronegócio defende democracia em carta

"Processo eleitoral é inquestionável e imprescindível para toda e qualquer discussão que vise à prosperidade", diz trecho da carta

Gabriel Mansur - 04/08/2022 15h20 | atualizado em 04/08/2022 15h57

Em manifesto, entidades do agronegócio defendem Estado Democrático de Direito Foto: Pixabay

Um grupo ligado ao agronegócio resolveu se manifestar em defesa da democracia brasileira. Com cerca de 300 membros, entre entidades, empresas e lideranças do setor, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura lançou uma carta em defesa do processo eleitoral no Brasil. A entidade declara que o futuro do país depende do diálogo entre divergentes, em referência a partidos políticos, e do respeito ao resultado das eleições.

– Sem democracia não há desenvolvimento e sustentabilidade. Sem sustentabilidade, não há futuro possível – defende o texto.

O comunicado é divulgado a menos de 60 dias para as eleições gerais deste ano, quando a população brasileira vai eleger, além do presidente da República, governadores, deputados e senadores. Nesse contexto, a Coalizão Brasil se pronuncia a favor do processo eleitoral, avaliado como “inquestionável” e “imprescindível” para qualquer discussão.

– O futuro que queremos depende do diálogo entre divergentes e do respeito ao resultado das eleições. Este deve ser um ponto pacífico entre todos os atores que se dispõem a representar a sociedade brasileira à frente de um Estado democrático de Direito – diz trecho da carta.

O grupo ressalta ainda que vem se posicionando a favor de uma agenda de desenvolvimento sustentável. Pontua, no entanto, que, sem a defesa da democracia, nenhum outro objetivo pode ser atingido.

– Em seu alicerce estão eleições limpas, onde se manifesta a vontade popular. É sobre elas que se pavimenta o caminho para um país melhor, mais maduro, melhor conceituado na comunidade internacional, mais apto a liderar o debate e a implementação de agendas urgentes e que provocam mobilização crescente no mundo inteiro, como a da sustentabilidade e das mudanças climáticas – diz o comunicado.

A entidade informa também que o documento será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), ministérios, integrantes do Congresso Nacional, representações diplomáticas, bancos e outras instituições de desenvolvimento.

– O objetivo é contribuir com uma defesa apartidária do processo eleitoral do Brasil, que desde a redemocratização do país tem mostrado uma inabalável segurança na apuração da vontade popular expressa pelo voto – conclui a carta.

Leia a íntegra do manifesto
A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura posiciona-se, em diversas ocasiões, em prol de uma agenda que alavanque o desenvolvimento sustentável, a economia de baixo carbono, o combate ao desmatamento e às mudanças climáticas, entre tantos assuntos de uma pauta cada vez mais ampla e transversal. Desta vez, no entanto, nosso movimento vem a público em apoio a uma bandeira sem a qual nenhuma das demais é possível: a defesa da democracia.

Nos últimos 37 anos, o Brasil dedicou-se a edificar um regime cidadão, de instituições sólidas e calcado no respeito à lei e no equilíbrio de direitos e deveres. Em seu alicerce estão eleições limpas, onde se manifesta a vontade popular. É sobre elas que se pavimenta o caminho para um país melhor, mais maduro, melhor conceituado na comunidade internacional, mais apto a liderar o debate e a implementação de agendas urgentes e que provocam mobilização crescente no mundo inteiro, como a da sustentabilidade e das mudanças climáticas.

O futuro que queremos depende do diálogo entre divergentes e do respeito ao resultado das eleições. Este deve ser um ponto pacífico entre todos os atores que se dispõem a representar a sociedade brasileira à frente de um Estado democrático de Direito.

A Coalizão Brasil divulgou recentemente suas propostas aos candidatos para as próximas eleições. Nossas contribuições giram em torno de três eixos: o combate ao desmatamento e à perda de recursos naturais; a produção de alimentos e o combate à fome; e a geração de emprego e renda. E ressaltamos que o processo eleitoral é inquestionável e imprescindível para toda e qualquer discussão que vise à prosperidade do país.

Sem democracia não há desenvolvimento e sustentabilidade. Sem sustentabilidade não há futuro possível.

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