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Grupo de Pacheco fica com todos os cargos de comando no Senado

Grupo de Rogério Marinho teme ficar isolado após a derrota na eleição para a Presidência da Casa

Pleno.News - 02/02/2023 19h58 | atualizado em 03/02/2023 10h52

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o senador Davi Alcolumbre Foto: Agência Senado/Jefferson Rudy

O grupo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ficou com todos os cargos de direção da Casa, em eleição realizada nesta quinta-feira (2), e isolou o bloco do senador Rogério Marinho (PL-RN), derrotado na disputa para a Presidência do Senado. O resultado reforça o domínio da cúpula atual e a articulação do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), padrinho do presidente do Senado e principal cabo eleitoral da eleição.

Alcolumbre é criticado por adversários e colegas do próprio partido por concentrar poderes e até criar um “governo paralelo” em seu gabinete, dizendo quem fica com cargos, quem assume as comissões e quem leva as verbas do governo federal.

O grupo de Rogério Marinho teme ficar isolado após a derrota. Há dois anos, o PL e o ex-presidente Jair Bolsonaro apoiaram a eleição de Pacheco e ficaram com um cargo na Mesa do Senado, agora dominada pelo grupo que apoiou a reeleição do senador do PSD.

Pacheco foi eleito com 49 votos na noite de quarta (1º), contra 32 de Rogério Marinho. Além disso, o PL havia ficado com a maior bancada do Senado após as eleições de outubro, mas o PSD filiou novos integrantes e ficou com a liderança, somando 15 senadores. O PL tem 13.

Os demais cargos foram escolhidos em uma votação única, com 66 votos favoráveis, 12 contrários e duas abstenções, em uma votação secreta. A composição ficou a seguinte: primeiro vice-presidente – Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB); segundo vice-presidente – Rodrigo Cunha (União-AL), primeiro secretário – Rogério Carvalho (PT-SE), segundo secretário – Weverton Rocha (PDT-MA), terceiro secretário – Chico Rodrigues (PSB-RR); e quarto secretário – Styvenson Valentim (Pode-RN). Todos são aliados de Pacheco e Alcolumbre.

O PL tentou ficar com a segunda vice-presidência, posto que comandou nos últimos dois anos. O grupo lançou Wilder Morais (PL-GO) para disputar a vaga, mas abriu mão na última hora. Isolada, a tentativa da bancada é atrair colegas insatisfeitos com Alcolumbre e tentar um acordo para comandar comissões importantes da Casa.

A mais cobiçada é a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), colegiado que Alcolumbre presidiu nos últimos dois anos.

O PL enfrentou uma crise interna e traições durante a eleição para a Presidência do Senado. Romário (PL-RJ) anunciou voto em Rodrigo Pacheco. O presidente do partido, Valdemar Costa Neto, realizou uma “intervenção” no gabinete do senador durante a sessão de quarta e ordenou que ele votasse em Rogério Marinho.

O grupo, no entanto, calcula que o senador acabou mantendo o voto em Pacheco, olhando o placar da eleição.

O comando das comissões deve ser definido no próximo mês. O grupo de Pacheco se articula para presidir a CCJ com Davi Alcolumbre, a Comissão de Assuntos Econômicos com Vanderlan Cardoso (PSD-GO) e a Comissão de Relações Exteriores (CRE) com Renan Calheiros (MDB-AL).

Com um bloco formado por PSD, União Brasil e MDB, a cúpula do Senado espera garantir as três comissões.

– Neste momento, como sempre eu acredito, é a politica que resolve as coisas – afirmou o líder do PL no Senado, Flávio Bolsonaro (RJ), ao pedir um acordo pelos colegiados e anunciar que o partido estaria desistindo de concorrer a um cargo na Mesa.

*AE

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