Grupo de advogados aciona PGR pelo adiamento das eleições
Inad aponta desequilíbrio na veiculação das inserções por parte de rádios
Thamirys Andrade - 27/10/2022 10h40 | atualizado em 27/10/2022 12h33
O Instituto Nacional de Advocacia (Inad) acionou a Procuradoria-geral da República (PGR) solicitando que a entidade entre com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que as eleições sejam adiadas. A justificativa se baseia na denúncia do ministro das Comunicações, Fábio Faria, de que milhares de inserções da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) teriam deixado de ser veiculadas pelas rádios.
– Como a diferença de tempo disponibilizado ao candidato Lula foi muito superior ao tempo disponibilizado ao presidente Jair Bolsonaro, e considerando que restam apenas três dias para o segundo turno das eleições, inexistindo tempo hábil para a minimização dos prejuízos para a chapa do presidente Bolsonaro, acreditamos que não há outra solução a ser tomada que não seja a do adiamento das eleições presidenciais para a investigação do fato – diz a nota.
Os advogados pontuam que não deve existir pressa para a conclusão do pleito se ainda existir dúvidas em relação à idoneidade do processo. O documento ainda diz que a falta de equilíbrio entre as inserções podem prejudicar a isonomia das eleições.
Nesta quarta-feira (26), o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, negou o pedido apresentando pela campanha do presidente para investigar irregularidades em inserções de rádios. O ministro considerou que os dados apresentados à Corte pelo candidato à reeleição “são inconsistentes”.
Ao negar o pedido de investigação, Moraes apontou que os “erros e inconsistências apresentados nessa pequena amostragem de oito rádios são patentes”. Além disso, ele declarou que “diante de discrepâncias tão gritantes, esses dados jamais poderiam ser chamados de ‘prova’ ou ‘auditoria’”.
O segundo turno das eleições está marcado para acontecer este domingo (30).
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