Governo quer reforçar ensino de história e cultura afro-brasileira
Ministração das disciplinas é alvo de críticas por imposição de viés ideológico
Pleno.News - 06/11/2024 16h57 | atualizado em 06/11/2024 19h08
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou, nesta quarta-feira (6), que o governo quer ampliar o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas, disciplinas cujas ministrações são amplamente criticadas no seio da sociedade brasileira por trazer consigo o vício do viés ideológico.
– Apagar essa parte da história é muito cruel com o povo negro – disse Anielle no programa Bom dia, ministra, exibido pelo Canal Gov.
Anielle comentou o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, Desafios para a valorização da herança africana no Brasil, proposto pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
– Eu fui professora desde os meus 17 anos e, muitas vezes, eu que imprimia fotos de pessoas negras em momentos felizes e levava pra sala de aula, porque nos livros não tinham. Então, por isso a lei [10.639/03; que estabelece que os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira sejam ministrados no âmbito de todo o currículo escolar] é tão importante, por isso a gente precisa fortalecer [o ensino] com editais e [a população negra] com oportunidade, com empregabilidade. Esse tema é tão importante para o nosso país e eu sempre digo que um país mais diverso é um país fortalecido pela igualdade racial – completou a ministra.
Nesse sentido, o governo lançou o programa Caminhos Amefricanos, uma ação de intercâmbio entre países latino-americanos e africanos para estudantes de licenciatura e docentes.
O objetivo, segundo Anielle, é que os professores se apropriem da história e da cultura dos países latino-americanos e africanos e retornem à sala de aula com bagagem para aplicação desses estudos.
*Com informações da Agência Brasil