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Governo divulga nota de pesar pela morte de Olavo de Carvalho

Gestão federal ressaltou que o professor "deixa como legado um verdadeiro apostolado a respeito da vida intelectual"

Paulo Moura - 25/01/2022 09h38 | atualizado em 25/01/2022 09h51

Olavo de Carvalho Foto: Reprodução / YouTube

O governo federal publicou, na manhã desta terça-feira (25), uma nota oficial de pesar pela morte do escritor e filósofo Olavo de Carvalho, que faleceu aos 74 anos na noite de segunda-feira (24), em Richmond, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos.

No comunicado, que é assinado pelas secretarias especiais da Cultura e de Comunicação Social, o governo ressalta que Olavo deu uma “contribuição inestimável ao pensamento filosófico e ao conhecimento universal” e que o pensador “deixa como legado um verdadeiro apostolado a respeito da vida intelectual, com uma vasta obra”.

– Entre suas inúmeras contribuições, defendeu a primazia da consciência individual; apresentou uma inédita e inigualável teoria sobre os quatro discursos aristotélicos; teceu valiosas considerações sobre o conhecimento por presença e originais análises sobre as etapas do desenvolvimento da personalidade humana; além de inúmeras outras contribuições – ressalta a nota.

A gestão federal também destacou que o filósofo foi um “intransigente defensor da liberdade e escritor prolífico” e que ele “sempre defendeu que a liberdade deve ser vivida no íntimo da consciência individual e na inegociável honestidade do ser para consigo mesmo”.

A nota finaliza lembrando que Olavo foi admirado por intelectuais como Roberto Campos, Paulo Francis, Jorge Amado, Ives Gandra Martins, Herberto Salles, Josué Montello, Ariano Suassuna, Antônio Olinto, Hilda Hilst, Miguel Reale e Bruno Tolentino, e é completada com uma declaração do filósofo sobre o que é o amor.

Confira abaixo, na íntegra, a nota de pesar publicada pelo governo:

“O Governo do Brasil lamenta a perda do filósofo e professor Olavo de Carvalho e manifesta seu pesar e suas condolências a familiares, amigos e alunos.

De contribuição inestimável ao pensamento filosófico e ao conhecimento universal, Olavo deixa como legado um verdadeiro apostolado a respeito da vida intelectual, com uma vasta obra composta de mais de 40 livros e milhares de horas de aulas. Entre suas inúmeras contribuições, defendeu a primazia da consciência individual; apresentou uma inédita e inigualável teoria sobre os quatro discursos aristotélicos; teceu valiosas considerações sobre o conhecimento por presença e originais análises sobre as etapas do desenvolvimento da personalidade humana; além de inúmeras outras contribuições que inspiraram e influenciaram dezenas de milhares de alunos e leitores – inclusive, levando muitos à conversão à fé, segundo incontáveis relatos.

Intransigente defensor da liberdade e escritor prolífico, o professor Olavo sempre defendeu que a liberdade deve ser vivida no íntimo da consciência individual e na inegociável honestidade do ser para consigo mesmo: “Não fingir saber o que não sabe nem fingir não saber o que sabe”, resumia assim o conceito da honestidade intelectual. Olavo de Carvalho oxigenou o debate público brasileiro e inseriu no mercado editorial do país e popularizou centenas de autores, dentre os quais se destacam Mário Ferreira dos Santos, Louis Lavalle e Viktor Frankl.

Admirado por proeminentes intelectuais, foi classificado por Roberto Campos como “filósofo de grande erudição”. Segundo Jorge Amado, possuía “reconhecida competência na área da filosofia”. Para Paulo Francis, “Olavo de Carvalho vai aos filósofos que fizeram a tradição ocidental de pensamento, dando ao leitor jovem a oportunidade de atravessar esses clássicos”. E, para Ives Gandra Martins, “Olavo é o mestre de todos nós”. O filósofo também foi reconhecido por grandes escritores nacionais, como Herberto Salles, Josué Montello, Ariano Suassuna, Antônio Olinto, Hilda Hilst, Miguel Reale, Bruno Tolentino e muitos outros.

<< O amor não é um sentimento: é uma decisão, um ato de vontade e um comprometimento existencial profundo. Os sentimentos variam, mas o amor permanece. Quem não compreendeu isso não chegou nem perto da maturidade. É um juramento interior de defender o ser amado até à morte, mesmo quando ele peca gravemente contra você. O amor é mesmo, como dizia Jesus, morrer pelo ser amado. Quando a gente espera que o amor torne a nossa vida mais agradável, em vez de sacrificar a vida por ele, a gente fica sem o amor e sem a vida. O amor é o mais temível dos desafios, porém, quando você o conhece, não quer outra coisa nunca mais. >> Olavo de Carvalho”.

Secretaria Especial da Cultura
Secretaria Especial de Comunicação Social
Governo Federal

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