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Ministro Onyx Lorenzoni discursou em tom intimidador contra Luís Miranda e seu irmão

Gabriela Doria - 23/06/2021 19h47 | atualizado em 23/06/2021 20h12

Presidente Jair Bolsonaro e ministro Onyx Lorenzoni Foto: Agência Brasil/Wilson Dias

O ministro Onyx Lorenzoni, da Secretaria-Geral da Presidência, declarou nesta quarta-feira (23) que o presidente Jair Bolsonaro quer que a Polícia Federal abra um processo para investigar as declarações do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) sobre a suposta corrupção no contrato para a compra da vacina indiana Covaxin. No mesmo processo será incluída a investigação das condutas de seu irmão, Luis Ricardo Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde.

– O presidente da República, Jair Bolsonaro, determinou que a Polícia Federal abra uma investigação sobre as declarações do deputado Luís Miranda, sobre as atividades do seu irmão, servidor do Ministério da Saúde, e sobre todas essas circunstâncias expostas no dia de hoje – informou Onyx.

Ainda segundo o ministro, será aberto um processo interdisciplinar na Controladoria-Geral da União para investigar as atividade de Luis Ricardo, que tem acesso direto aos contratos firmados pelo Ministério da Saúde.

Exaltado, Onyx ameaçou o deputado, afirmando que “Deus tá vendo” ele “mentir deslavadamente”. Onyx também disse que parlamentar “vai ter que pagar, vai ter que se ver conosco”.

O chefe da Secretaria-Geral também mostrou diversos documentos e chegou a levantar a suspeita de que os irmão tenham falsificado algum deles.

Recentemente, o Tribunal de Contas da União apontou que a vacina Covaxin foi o imunizante mais caro já negociado pelo Brasil, custando R$ 80,70. O valor chega a ser quatro vezes mais caro que a da Astrazeneca, produzida pela Fiocruz.

A denúncia de Miranda também municiou a Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, do Senado Federal, que agora se debruça sobre a possibilidade de que o governo federal tenha agilizado a compra do imunizante para obter supostos benefícios indevidos.

DENÚNCIA AO MP
Em depoimento ao Ministério Público, o chefe de importação do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, afirmou ter sido pressionado para favorecer a Precisa Medicamentos.

Já o deputado Luís Miranda afirmou, nesta quarta-feira (23), que ele e seu irmão já haviam alertado o presidente Jair Bolsonaro, através de um assessor, sobre as suspeitas de corrupção na contratação da Covaxin.

Os irmãos irão depor na CPI da Covid-19 nesta sexta-feira (25).

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