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Presidente voltou a questionar os óbitos por Covid-19 no Brasil e voltou a mencionar o TCU

Henrique Gimenes - 09/06/2021 15h06

Presidente Jair Bolsonaro Foto: Isac Nóbrega/PR

Em conversa com apoiadores nesta quarta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre uma supernotificação das mortes de Covid-19 e sobre o Tribunal de Contas da União (TCU). Ele comentou um acórdão do TCU sobre o assunto que foi “tirado do ar” e afirmou que o tribunal havia apontado que governadores poderiam notificar mais mortes pela doença para receberem mais recursos da União.

As declarações foram dadas em frente ao Palácio da Alvorada.

– Vou dar uma complementada no que eu disse ontem. Eram dois acórdãos, não sei por que um foi tirado do ar. Dizendo que o critério mais importante para mandar recursos para o estado eram notificações de Covid. O próprio TCU disse que essa prática poderia não ser a mais salutar porque incentivaria mais notificações. Alguns governadores, para receber mais dinheiro, notificavam mais Covid, inclusive mortes. Vocês devem ter visto na internet a quantidade de pessoas revoltadas que o parente não morria e Covid e botavam no atestado de óbito que foi. Isso realmente, pelo que tudo indica, um forte indício de que tivemos supernotificações no Brasil – apontou.

Para Bolsonaro, a questão tem que ser analisada. Ele também acusou governadores de terem inflados os números de óbitos por Covid e adotado medidas de lockdown para justificarem os números.

– Eu entendo que realmente isso tem que ser analisado. E no meu entendimento sim, tivemos supernotificação no Brasil. Tem alguns governadores que praticaram isso aí. E tem gente querendo desqualificar o que estou falando para não incriminar governadores. Uma coisa é real, segundo estudos estatístico não conclusivos, a supernotificação pode chegar a 45%, quase metade (…) Com supernotificações, alguns governadores tinham que justificar isso aí (…) Com lockdown, com toque de recolher, fechando o comércio. Arrebentando com a população do Brasil. Levando à morte por outros meios, através da depressão, suicídio, desespero (…) Isso é uma coisa que tem, como dizia minha mãe, tem que apertar esse tumor. Buscar saber sim quem colaborou com morte de pessoas por causa própria, por recursos ao seu estado – explicou.

Por fim, o presidente disse que enviou a questão para ser analisada pela Controladoria-Geral da União (CGU).

– Imagina o tamanho da briga que eu tenho pela frente o tempo todo. Agora, talvez seja um político, como existem alguns parecidos por aí, que não tem medo da verdade (…) Agora temos aí os dois acórdãos do TCU e um foi tirado do ar. Lá atrás, o TCU falou que as supernotificações poderiam acontecer (…) Uma questão que já passei para a Controladoria-Geral da União para estudarmos isso aí. Para buscarmos uma maneira de salvar vida, e não ficar agindo como aquelas pessoas lá da CPI. Ali agora tem gênios sobre saúde, como Renan Calheiros e Omar Aziz – destacou.

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