Governador petista vai contra partido por lei antiterrorismo
Camilo Santana defende reforço na legislação que é atacada por políticos de esquerda
Paulo Moura - 26/09/2019 10h00 | atualizado em 26/09/2019 10h06

O governador do Ceará, Camilo Santana, é petista, mas diante da grave crise na segurança pública do estado comandado por ele, com ônibus, carros e prédios incendiados, o mandatário declarou ser favorável a um posicionamento completamente contrário ao defendido pelo Partido dos Trabalhadores: Apoiar o endurecimento da lei antiterrorismo.
O chefe do executivo do estadual cearense declarou, em entrevista ao portal Uol, que defende um reforço na lei, para que crimes como o uso de bombas sejam alcançados pela legislação.
– É preciso que essas ações sejam consideradas, tipificadas como terrorismo. Você jogar uma bomba, jogar um coquetel molotov hoje, não tem uma pena. Tanto que, às vezes, pessoas que cometem esse crime pouco tempo depois estão soltas – defendeu.
O PT e outras siglas de esquerda, porém, já se posicionaram contrários a alterações na lei, atualmente em tramitação no Senado, que colocam os atos de destruição, depredação e explosão de bens públicos ou privados como terrorismo. Os partidos afirmam que a medida pode dificultar a atuação de movimentos sociais, como o Movimento Sem Terra (MST).
– Em cima desse texto, podem prender militantes de movimentos estudantis, movimentos sindicais, estamos criminalizando o MST – disse o ex-senador Lindbergh Farias (PT-RJ) no ano passado.
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