Google diz à CPI que não pode fornecer dados de Bolsonaro
Empresa de tecnologia afirmou que mandado de segurança em tramitação no STF impede a medida
Paulo Moura - 15/11/2021 16h21 | atualizado em 16/11/2021 11h50

Em resposta a um requerimento aprovado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, o Google Brasil respondeu que não pode fornecer dados referentes à quebra do sigilo telemático do presidente Jair Bolsonaro. O colegiado havia solicitado dados do chefe do Executivo entre abril do ano passado e o período atual.
A justificativa dada pela gigante de tecnologia foi de que a discussão sobre o fornecimento de dados requisitados pela CPI encontra-se no Supremo Tribunal Federal (STF), no Mandado de Segurança 38.289, impetrado pela Advocacia-Geral da União (AGU), para impedir que os dados telemáticos de Bolsonaro sejam fornecidos.
– Até que sobrevenha decisão quanto ao pedido formulado no mandado de segurança em questão, o Google respeitosamente entende que está impossibilitado de executar a quebra de sigilo telemático objeto do requerimento aprovado por essa Comissão Parlamentar de Inquérito em 26 de outubro último – informou a empresa.
A CPI pediu ao Google os dados cadastrais do líder, “registros de conexão (IPs), informações de Android (IMEI), cópia integral de todo conteúdo armazenado no YouTube, inclusive informações de acessos e relativas a todas as funções administrativas e de edição; e a suspensão do acesso à(s) conta(s) do Presidente da República no YouTube”.
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