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Glenn rebate Chico Pinheiro: “Incrível ler esta acusação”

Jornalista americano foi questionado após comentário sobre atuação do ministro Alexandre de Moraes

Ana Luiza Menezes - 11/01/2023 13h15 | atualizado em 11/01/2023 14h04

Glenn Greenwald Foto: Agência Câmara/Vinicius Loures

O jornalista americano Glenn Greenwald voltou a se manifestar por meio das redes sociais, nesta quarta-feira (11), para rebater um questionamento do ex-Globo, Chico Pinheiro, em função de comentários sobre a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na terça-feira (10), Glenn falou sobre o “poder” que Moraes exerce no Brasil. Ele acabou sendo alvo de uma pergunta de Chico Pinheiro, que quis saber qual a intenção dele.

– Qual é a tua, Glenn? Há alguma informação relevante a dar? O país ameaçado, à beira de um golpe, o Judiciário em recesso e você vem criticar quem luta contra o terrorismo bolsonarista? O que se passa com você? – escreveu Chico, no Twitter.

Greenwald reagiu, afirmando que “é incrível ler essa acusação”.

– É incrível ler esta acusação. Essa tática é a mesma usada pelo governo Bush após o ataque de 11 de setembro para silenciar críticos: Nosso país foi atacado! Qualquer um que questione os poderes que invocamos está do lado dos terroristas! É uma tática autoritária e desonesta – disse o americano.

O comentário que Glenn fez, na terça, surgiu após as decisões tomadas por Moraes desde os protestos de domingo (9). O ministro determinou o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e ainda a prisão do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

Greenwald compartilhou uma reportagem sobre a atuação de Moraes e perguntou se alguma democracia moderna já teve algum juiz com o mesmo tipo de poder.

– Existe agora, ou já existiu, uma democracia moderna onde um único juiz exerce o poder que Alexandre de Moraes possui no Brasil? Não consigo pensar em nenhum exemplo sequer próximo – afirmou.

O jornalista também aproveitou para lembrar como o ministro chegou ao STF.

– Uma das maiores ironias da extraordinária popularidade de Moraes entre a mídia corporativa e a esquerda foi que ele serviu como ministro da Justiça, e depois foi indicado para o STF, por um presidente e governo amplamente considerado na época não só ilegítimo, mas “golpista”.

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