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Gleisi desautoriza Dirceu: ‘Não cabe’ comentar pena de Bolsonaro

Ministra das Relações Institucionais desaprovou publicamente a fala do companheiro José Dirceu

Marcos Melo - 17/10/2025 15h56 | atualizado em 17/10/2025 16h47

Gleisi Hoffmann e José Dirceu Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI; Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, desautorizou o ex-ministro José Dirceu após ele se manifestar favorável ao cumprimento da pena do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em casa.

A petista disse que “ninguém tem que ficar comentando penas” e defendeu apenas que o líder da direita no Brasil cumpra o que for imposto pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

– Olha, o Bolsonaro tem que cumprir a pena que lhe for dada na sentença. E ponto. Não cabe a ninguém ficar comentando a pena. Se a pena determinada for reclusão, vai ser reclusão, seja qual for a decisão da sentença – declarou Gleisi, ao site Metrópoles, nesta quinta-feira (16).

DIRCEU DEFENDE PRISÃO DOMICILIAR DE BOLSONARO: “JUSTA”
José Dirceu afirmou que considera “justo” manter o ex-presidente Jair Bolsonaro em prisão domiciliar. A declaração foi dada em entrevista à BBC News Brasil, no dia 6 deste mês. Para Dirceu, o líder da direita não tem condições de cumprir pena em presídio comum por motivos de saúde e segurança.

– Dado o estado de saúde dele, e já que o Fernando Collor está cumprindo prisão em casa, acho que é justo. Acho muito improvável colocar presos vulneráveis no sistema penitenciário, que é controlado pelo crime organizado — declarou.

O petista comparou a situação de Bolsonaro à de outros ex-presidentes, lembrando que Lula chegou a ser preso, mas em condições especiais.

– É verdade que não foi assim com o presidente Lula, mas ele ficou na sede da Polícia Federal, em uma prisão especial – explicou.

Dirceu disse ainda que, caso Bolsonaro fosse enviado para uma penitenciária comum, ele teria de ficar isolado.

– Nós mesmos, quando presos, ficamos na área de vulneráveis. Não tínhamos contato com outros presos, íamos sozinhos para o pátio e para a biblioteca, por questão de autoproteção – afirmou.

O ex-ministro também criticou setores da direita que defendem a anistia aos presos do 8 de janeiro. Segundo ele, essas mesmas pessoas aumentaram as penas para vários crimes.

– Esses que estão falando em diminuir as penas foram os mesmos que, nos últimos dez anos, aumentaram as punições para tudo, sem que o sistema tivesse condições de receber.

Atualmente, Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto pelo descumprimento de medidas cautelares estabelecidas no âmbito da investigação que apura a atuação do ex-presidente e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra a soberania nacional. No entanto, o ex-presidente não chegou nem a ser citado pela PGR, o que tem feito sua defesa buscar pela revogação da domiciliar. Entretanto, durante esse período, Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado a 27 anos e três meses. Cabe recurso.

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