Pleno.News - 12/04/2025 16h44 | atualizado em 14/04/2025 13h18

O ministro-decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, rejeitou neste sábado (12) comparações entre seu colega de Corte Alexandre de Moraes e o senador e ex-juiz Sergio Moro. O ministro refutou as afirmações de que Moraes estaria violando o devido processo legal ao julgar um caso no qual também seria vítima e defendeu que ele siga como relator das ações relacionadas aos atos de 8 de janeiro.

– Não há justificativa para ele [Moraes] ser afastado, uma vez que ele já era relator desses inquéritos e depois dos inquéritos que se agregaram. Ele não é suspeito, não está impedido, não está julgando no seu interesse. Não se pode nem de longe comparar Alexandre com Moro. Moro, de fato, se associa ao Bolsonaro – afirmou Gilmar, que participou da edição da 11ª edição da Brazil Conference, realizada em Harvard.

No painel em Harvard, o ministro do STF ainda fez duras críticas a Moro e à Lava Jato, afirmando que se orgulha de ter “contribuído para o desmanche da operação”. Em sua fala, Gilmar chegou a dizer que o que havia em Curitiba era uma “organização criminosa”. Inicialmente favorável à força-tarefa de Curitiba, o decano do STF reconsiderou sua posição ao longo dos últimos anos.

Gilmar ainda refutou as críticas de que o STF estaria extrapolando suas funções e praticando “ativismo judicial”. Ao falar sobre o assunto, o ministro afirmou que o problema está na incompreensão das competências da Corte. Ao refletir sobre as lições que o STF teve nos últimos dez anos, o ministro afirmou que, ao longo desse período, os ministros têm buscado deixar para trás a ideia de uma pauta individualista.

– Protagonizar o tribunal. Esse é um grande aprendizado – concluiu.

*AE

Leia também1 Lula viaja à China em maio para novo encontro com Xi Jinping
2 Casa Branca: Conversa com Irã foi "um passo à frente" para acordos
3 Moro diz que Gilmar Mendes tem que explicar relações com a CBF
4 Bolsonaro deve ser submetido a 6ª cirurgia em razão do atentado
5 Jojo ri de postagem do Ministério da Saúde: "Doeu tanto assim?"