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"O Brasil e suas cores não podem ser sequestrados por movimento político-ideológico nenhum", disse o ministro

Marcos Melo - 07/09/2023 18h42 | atualizado em 08/09/2023 14h06

Gilmar Mendes Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes já foi voraz denunciante das práticas de corrupção do PT, durante o auge da Operação Lava Jato, em 2015, onde chegou a declarar em entrevista que o Partido dos Trabalhadores havia instalado no Brasil um modelo de governança corrupta, e classificou o formato de gestão petista como “cleptocracia”, que significa estado governado por ladrões.

Mas os ventos mudam, e esse mesmo ministro, hoje decano da Suprema Corte, excede solenemente sua competência como magistrado e emite parecer político, atacando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em gesto de solidariedade ao presidente Lula, diante do fiasco consumado no Distrito Federal, neste 7 de Setembro.

Sem público e sem popularidade, o que se viu durante o desfile presidencial da Independência do Brasil foi um Lula cênico, que, junto a primeira-dama Janja, acenavam para o vazio, em uma constrangedora passagem do rolls-royce preto e conversível para as lentes de Ricardo Stuckert, fotógrafo contratado pelo Planalto para registrar os momentos do chefe de Estado.

Gilmar Mendes declarou que “o Brasil e suas cores não podem ser sequestrados por movimento político-ideológico nenhum”, em referência ao movimento patriótico empreendido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em publicação nas redes sociais, Gilmar não mencionou Bolsonaro nominalmente, mas citou que o feriado de 7 de Setembro “ganha novo significado” após “tudo que se viu e viveu nos últimos tempos”.

– Após tudo que se viu e viveu nos últimos tempos, o 7 de Setembro ganha novo significado. A data convida-nos a cuidar de nossa independência interna: o Brasil e suas cores não podem ser sequestrados por movimento político-ideológico nenhum. A data é de festa e motivo para pensarmos no nosso projeto de Nação; jamais poderia ser usada para incitar o ódio e promover a divisão do país (tudo financiado por setores que obviamente lucraram com isso) – escreveu o decano do STF.

Gilmar Mendes foi o único magistrado do STF a tecer comentário sobre o 7 de Setembro nas redes sociais.

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