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Gestão Lula corta acordo com Exército para legado olímpico

Governo cortou verba que era usada para manter espaços esportivos

Paulo Moura - 30/03/2025 13h20 | atualizado em 31/03/2025 13h42

Lula e André Fufuca Foto: Ricardo Stuckert / PR

O governo Lula (PT), por meio do Ministério do Esporte, cortou um acordo de cooperação com as Forças Armadas para a manutenção dos centros de treinamento da Olimpíada do Rio, realizada em 2016. Com isso, atividades esportivas foram suspensas em locais como o Parque Olímpico de Deodoro, na Zona Oeste da capital fluminense, afetando modalidades e colocando em risco a conservação dos equipamentos.

O Exército, que administrava Deodoro, comunicou em fevereiro o encerramento das atividades no local, impactando cerca de 80 eventos programados para 2025. O espaço inclui o Centro Militar de Tiro Esportivo, o Centro de Pentatlo Moderno, a Arena Wenceslau Malta, entre outros. Sem um acordo formal, a manutenção do local ficou inviável, comprometendo o treinamento de atletas e a realização de competições.

A Confederação Brasileira de Tiro Esportivo classificou a decisão como “irrazoável e incompreensível”, enquanto a Confederação Brasileira de Jiu-Jítsu Olímpico lamentou o fechamento da Arena Wenceslau Malta, principal local de treinos e competições da modalidade.

A comunidade esportiva pressiona por soluções, mas até o momento não há definição sobre a retomada das atividades.

Historicamente, o acordo sempre foi marcado por limitações nos repasses compromissados pelo governo. De 2018 a 2024, a previsão era de que, ao todo, R$ 282,2 milhões fossem enviados para a “gestão e manutenção do legado olímpico e paralímpico”. Contudo, só foram efetivamente pagos R$ 255,4 milhões. A diferença negativa, de R$ 26,8 milhões, vinha sendo bancada pelas próprias Forças Armadas.

Paralelamente, a gestão do ministro do Esporte, André Fufuca, priorizou convênios para seu estado natal, o Maranhão, que já celebrou R$ 148 milhões em convênios desde que Fufuca assumiu a pasta, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo.

O Ministério do Esporte informou, em nota, que aguarda a sanção do Orçamento de 2025 para negociar um novo acordo com o Ministério da Defesa, mas não comentou os impactos da paralisação. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB), por sua vez, disse que busca uma solução para retomar o funcionamento do complexo.

Além de Deodoro, a decisão do Ministério do Esporte também afeta a manutenção do legado olímpico sob cuidados da Marinha, no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan), na região da Penha, Zona Norte do Rio, e da Aeronáutica, dentro da Universidade da Força Aérea (Unifa), no Campo dos Afonsos, na região de Realengo, na Zona Oeste.

Desde o fim dos acordos, a verba do legado olímpico caiu drasticamente, sendo prevista apenas R$ 10 milhões para 2025, contra uma média anual de R$ 35,2 milhões nos anos anteriores. Com a postura, a comunidade olímpica teme que a condição atrapalhe os planos do país de receber os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de 2031, que tem candidatura conjunta das cidades de Rio de Janeiro e Niterói.

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