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Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República afirmou que "defender a soberania nacional é dever das Forças Armadas"

Paulo Moura - 25/04/2022 10h31 | atualizado em 25/04/2022 11h07

Ministro Luiz Eduardo Ramos Foto: PR/Marcos Corrêa

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, general Luiz Eduardo Ramos, se manifestou na manhã desta segunda-feira (25) sobre a declaração feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, de que vê as Forças Armadas sendo usadas para desacreditar as eleições.

Em uma publicação feita em seu perfil no Twitter, Ramos afirmou que é dever das Forças Armadas defender a soberania nacional e que, por causa disso, os militares “estarão sempre vigilantes pelo bem do nosso povo”. Na postagem, o general também compartilhou a nota oficial assinada pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, sobre a fala de Barroso.

– Defender a soberania nacional é dever das Forças Armadas. Eleições democráticas e transparentes fazem de nós um país soberano, por isso, nossas Forças Armadas estarão sempre vigilantes pelo bem do nosso povo, do nosso Brasil – escreveu.

General Luiz Ramos repercutiu declaração de Barroso Foto: Reprodução/Twitter

MINISTRO DA DEFESA FALA EM “OFENSA GRAVE”
O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, publicou uma nota neste domingo (24) para rebater a declaração do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, de que vê as Forças Armadas sendo usadas para desacreditar o sistema eleitoral. Oliveira chamou a afirmação de “ofensa grave”.

– Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro – declarou o ministro.

Ainda de acordo com a nota assinada por Nogueira, a fala de Barroso “afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições”. A nota declara, também, que as Forças Armadas “atenderam ao convite do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e apresentaram propostas colaborativas, plausíveis e exequíveis” com a finalidade de “aprimorar a segurança e a transparência do sistema eleitoral”.

– O Ministério da Defesa repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas, de que elas [as Forças Armadas] teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia – reforça a nota.

DECLARAÇÃO DE BARROSO
Em um evento neste domingo (24), o ministro do STF afirmou que há movimento político com intenção de usar as Forças Armadas para atacar o processo eleitoral no país. Falando a um grupo de estudantes brasileiros por videoconferência, Barroso defendeu as urnas eletrônicas e condenou supostas tentativas de politização dos militares.

– É preciso ter atenção a esse retrocesso cucaracha de voltar à tradição latino-americana de colocar o Exército envolvido com política. É uma péssima mistura para a democracia e uma péssima mistura para as Forças Armadas – disse o ministro durante o Brazil Summit Europe, um evento virtual promovido pela universidade alemã Hertie School, de Berlim.

As declarações de Barroso geraram reação no governo. O chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, general Augusto Heleno, disse, em suas redes sociais, que a afirmação de que as Forças Armadas estão sendo orientadas para atacar o processo eleitoral é “inconsistente e sem fundamento”. Segundo eles, elas estariam sendo orientadas a “ajudar na lisura do evento”.

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