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Funcionários do BC entregarão cargos de chefia a partir do dia 3

A informação foi dada pelo sindicato dos funcionários da instituição

Henrique Gimenes - 29/12/2021 21h04 | atualizado em 30/12/2021 10h13

Sede do Banco Central em Brasília Foto: Banco Central do Brasil

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) espera que os cargos de chefia do órgão comecem a ser entregues no dia 3. Nessa data, a entidade vai começar a rodar uma lista eletrônica para adesão ao movimento, no contexto da insatisfação de diversas categorias de servidores federais com o reajuste previsto apenas para policiais em 2022.

Além disso, o Sinal começou a aderir às paralisações nacionais aprovadas pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate). A primeira está prevista para o próximo dia 18.

Dentro do BC, o sentimento é de descontentamento com a decisão do governo de contemplar a recomposição salarial de apenas uma categoria. Na autarquia, o último reajuste foi em janeiro de 2019.

Pressão por adesão
O presidente do Sinal, Fábio Faiad, afirmou que a expectativa de adesão é grande entre os 500 cargos gerenciais do BC. Segundo ele, houve pressão de parte dos funcionários para que a lista já estivesse circulando nesta semana.

Faiad esclareceu também que os servidores que não estão em função de gerência poderão aderir ao movimento ao se comprometer em não substituir os colegas que deixarem os cargos.

– Isso para mostrar ao presidente do banco e ao governo que a casa vai ficar sem administrador – afirmou.

Na Receita Federal, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita (Sindifisco) estima que 738 auditores já entregaram cargos de chefia em protesto ao governo.

‘Prêmio decepção’
O presidente do Sinal disse ainda que pediu uma reunião com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, para tratar do assunto, mas ele entrou em férias e não quis atender o sindicato.

– Inclusive, nosso sindicato deu para Campos Neto o ‘Prêmio Decepção do ano 2021’, justamente por não entrar em campo e não atender aos interesses dos servidores. No início do ano, vamos tentar de novo conversar com ele – afirmou Faiad.

Segundo ele, a situação atual mostra a falência do governo Bolsonaro para lidar com o funcionalismo.

– O governo estimula que uma carreira destrua a outra, em vez de buscar convivência harmônica entre os órgãos do Estado. O certo seria dialogar com todos os servidores para buscar soluções para todos, não só para aqueles que fazem parte da base de apoio eleitoral do governo – destacou.

Procurado, o Banco Central não respondeu aos questionamentos da reportagem.

*AE

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