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Frota volta a atacar o PSL e cita Queiroz durante filiação

Deputado deu declarações durante conversa com jornalistas

Ana Luiza Menezes - 16/08/2019 20h16

Alexandre Frota foi expulso do PSL Foto: Reprodução

Ao formalizar sua filiação ao PSDB após ter sido expulso do PSL, o deputado federal Alexandre Frota (SP) afirmou nesta sexta-feira (16) que não fica constrangido em pertencer ao partido de Aécio Neves, acusado de corrupção.

– Não fico [constrangido], imagina, eu estava num partido que tinha o Queiroz – disse a jornalistas.

Com sua declaração, o parlamentar fez referência ao escândalo de movimentações nas contas do ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

O evento de filiação teve a participação do governador paulista, João Doria (PSDB), que articulou a entrada de Frota no partido, e do presidente da sigla, Bruno Araújo.

Frota foi expulso do PSL, partido de Jair Bolsonaro, na terça, por ter feito críticas reiteradas ao presidente a a seu governo. Ele foi acusado de infidelidade partidária.

Ao acolher o deputado, Doria dá mais um sinal de distanciamento do presidente da República. Ambos devem se enfrentar em 2022, uma vez que o tucano tem planos de concorrer à Presidência.

Após ter colado em Bolsonaro para se eleger no segundo turno no ano passado, Doria tem feito contrapontos ao presidente e já disse não ter alinhamento político com ele.

Já Frota, que criticou o PSDB no passado, disse ter mudado de ideia em relação ao partido.

– É, mudei, estou aqui – respondeu.

O parlamentar já chamou o PSDB de sujo e corrupto em vídeo gravado antes da campanha eleitoral de 2018. Na gravação, Frota critica duramente o então pré-candidato Geraldo Alckmin (PSDB) por sua aliança com partidos do centrão. Disse que o tucano “está de quatro” e outras referências mais impublicáveis, além de ter afirmado que o PSDB e o PT são igualmente corruptos.

Nesta sexta, Frota afirmou que não se arrepende de nada do que disse.

– Isso é coisa do passado, pra mim o PSDB começa agora.

Alckmin não esteve no evento de filiação, que teve a presença do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), de dirigentes locais e dois deputados federais. A militância tucana estava em menor número em comparação com atos semelhantes anteriores.

A chegada de Frota encontra resistência entre alguns tucanos, que estudam entrar com uma representação contra a filiação. A possibilidade de isso prosperar, porém, é baixa porque a presidência nacional do partido, nas mãos de Araújo, é alinhada a Doria.

A filiação do deputado também foi recebida com ressalvas na bancada feminina do PSDB. Em 2015, em entrevista na televisão, ele narrou um suposto estupro que cometeu. O caso lhe rendeu uma acusação de apologia ao estupro, que terminou arquivada.

Após a expulsão, Frota disse ter recebido convites de sete partidos –DEM, PP, MDB, PSDB, Podemos, PSD e PRB. A proximidade com Doria ajudou na decisão. O deputado se reuniu com dirigente do PSDB até as 23 horas de quinta para acertar a migração.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o deputado afirmou que Bolsonaro é um “idiota ingrato que nada sabe”, que a cadeira de presidente ficou grande para ele e que o atual governante do país “se lambuzou com o mel da Presidência”. Frota disse ainda que Bolsonaro foi quem pediu sua expulsão do PSL.

*Folhapress

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